Economia

Taxas futuras de juros recuam com dólar após Ibope reforçar apostas em Bolsonaro

Os juros futuros acentuam a queda na manhã desta terça-feira, 16, acompanhando o dólar, em reação à pesquisa Ibope mostrando Jair Bolsonaro (PSL) com vantagem de 18 pontos porcentuais em relação à Fernando Haddad (PT) – 59% dos votos válidos contra 41% do petista.

Os ajustes são influenciados ainda pela melhora do humor no exterior, com dólar em baixa ante outras pares do real, como os pesos chileno e mexicano, a rupia indiana e o rand sul africano. A queda do risco Brasil no exterior é monitorada, ajudando ainda no humor local.

Às 9h50 desta terça, o DI para janeiro de 2020 exibia 7,46%, de 7,56% no ajuste de segunda-feira (15). O DI para janeiro de 2021 caía para 8,44%, de 8,56%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 recuava para 9,68%, na mínima, de 9,86% no ajuste anterior.

No câmbio, no mesmo horário, o dólar à vista recuava 0,90%, aos R$ 3,7048, após tocar em mínima mais cedo aos R$ 3,6988 (-1,06%) – menor valor intraday desde os R$ 3,6916 registrados na sessão de 6 de agosto passado em meio a disputas comerciais entre os EUA e a China e com o noticiário essencialmente positivo para Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à época mais bem posicionado nas pesquisas eleitorais entre os presidenciáveis considerados como reformistas.

Na agenda do dia, o Tesouro realiza nesta terça-feira leilão de venda de até 350 mil NTN-B (11h). Mais cedo foi revelado que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou 0,01 ponto porcentual, ficando em 0,52% na segunda quadrissemana de outubro. Na leitura anterior, o IPC-S havia marcado 0,53%.

Operadores de renda fixa digerem ainda, em segundo plano, os dados de serviços prestados no País, que subiram 1,2% em agosto ante julho – ficando dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,3% a um avanço de 1,9%, com mediana positiva de 0,5%.

Na comparação com agosto do ano anterior, houve alta de 1,6% em agosto deste ano, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de queda de 1,2% a alta de 1,6%, com mediana positiva de 0,05%. A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 0,5%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda de 0,6%.

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