Os juros futuros operam com viés de alta na manhã desta quarta-feira, 10, precificando o inesperado avanço de 0,44% do IPCA em dezembro assim como de +2,95% no ano passado, ambos acima do teto das projeções do mercado para cada período. Segundo um operador de renda fixa, os investidores estão “desmontando posições” após os números mais salgados. As taxas de juros também são sustentadas pela valorização do dólar ante o real.
De acordo com pesquisa do Projeções Broadcast, as estimativas para a inflação brasileira no ano passado iam de 2,74% a 2,89%, com mediana de 2,80%. Para o dado de dezembro, as expectativas variavam de 0,24% a 0,38%, com mediana em 0,30%, depois de subir 0,28% em novembro.
Às 9h30 desta quarta, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,855%, de 6,810% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,08%, de 8,00%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 exibia 8,97%, de 8,90% no ajuste de terça-feira. Já o DI para janeiro de 2023 estava em 9,83%, de 9,78% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 0,06% neste mesmo horário, aos R$ 3,250. O dólar futuro de fevereiro ganhava 0,03%, aos R$ 3,2595.
Mais cedo foi revelado que o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,55% na primeira quadrissemana de janeiro, repetindo a variação observada em dezembro. Na primeira leitura deste mês, ganharam força os grupos Alimentação (de 0,31% em dezembro para 0,57% na primeira quadrissemana de janeiro), Transportes (de 0,76% para 0,84%), Saúde (de 0,45% para 0,58%) e Educação (de 0,08% para 0,64%).