No mercado de juros futuros os DIs exibem alta consistente desde a abertura nesta segunda-feira, 30, em reação à piora da percepção de risco. Às 9h27, o DI para janeiro de 2017 indicava 15,80%, ante 15,66% no ajuste de sexta-feira e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 16,04%.
O mercado acompanha durante a manhã os desdobramentos da prisão do banqueiro André Esteves, com destaque para a informação de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria recebido propina de R$ 45 milhões do BTG Pactual para aprovar emenda em medida provisória que beneficiaria o banco.
No âmbito fiscal, os investidores processam o corte no Orçamento de 2015 e o congelamento nos gastos do governo em dezembro. O contingenciamento ocorre no último dia para a publicação do novo decreto com a programação orçamentária e financeira do ano e o governo foi obrigado a fazê-lo uma vez que ainda não tem a aprovação do Congresso para entregar um déficit fiscal.
No exterior, os juros dos Treasuries também operam em alta, numa semana em que a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, discursa na quarta-feira, 2, e na quinta-feira, 3, e pode reforçar a expectativa de uma alta nos juros nos EUA em dezembro. Além disso, o payroll sai na sexta-feira, 4, e um resultado forte também pode contribuir para essa expectativa.