Os juros futuros ampliaram a alta na manhã desta terça-feira, 4, em sintonia com o dólar, após iniciarem o dia com viés de baixa. O mercado de renda fixa também opera com baixo volume de negócios em razão do feriado nos Estados Unidos, que deixam Bolsas e mercado de Treasuries fechados nesta terça-feira.
Os dados positivos da produção industrial brasileira em maio, divulgados mais cedo pelo IBGE, foram monitorados, mas têm influência reduzida sobre as taxas futuras de juros. Assim como os agentes de câmbio, os profissionais de renda fixa estão à espera de desdobramentos políticos. Após a prisão ontem do ex-ministro do governo de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, os investidores estão em compasso de espera pela votação do requerimento de urgência para a análise da proposta da reforma trabalhista no plenário do Senado (14 horas) e o anúncio pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), de quem será o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer feita pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de corrupção passiva (14h30).
Na agenda econômica, a produção industrial subiu 0,8% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, divulgou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (-0,7% a +2,0%) e acima da mediana positiva de 0,65%. Em relação a maio de 2016, a produção subiu 4%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um avanço de 1% a 4,6%, com mediana positiva de 3,4%. No ano, a indústria teve alta de 0,5%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou recuo de 2,4%.
Às 10h01, o DI para janeiro de 2018 estava em 8,855%, de 8,840% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2019 estava a 8,85%, de 8,81% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 estava a 10,05%, de 9,98% no ajuste de ontem. O dólar à vista subia 0,11%, aos R$ 3,3091. O dólar futuro para agosto avançava 0,23%, aos R$ 3,3285.