As taxas no mercado de juros futuros inverteram o sinal e passaram a subir nesta segunda-feira, 26, minutos antes da divulgação do relatório mensal de dívida pública federal de setembro. Logo no início da sessão, as taxas acompanhavam o dólar que caía ante o real. A incerteza quanto ao resultado público fiscal segue no radar dos analistas de renda fixa e pode impelir pressão de alta nos preços.
Em relatório, os analistas do Bradesco pontuam que o mercado segue atento à possível divulgação de nova meta fiscal de 2015. O temor entre agentes econômicos recai ainda sobre o que vai acontecer com as contas públicas em 2016.
Às 9h29, o DI para janeiro da 2021 subia para 15,99%, ante 15,96% no ajuste de sexta-feira. Os outros vencimentos também estavam em alta.
Às 9h30, o Tesouro Nacional divulgou que Dívida Pública Federal (DPF) fechou o mês de setembro em R$ 2,734 trilhão. O resultado representa uma alta de 1,8% em relação a agosto.
O Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), mostrou que as projeções avançaram ainda mais. A mediana para o IPCA de 2016 subiu de 6,12% para 6,22%. Esta é a 12ª semana consecutiva de elevação. Há quatro edições, o ponto central da pesquisa era de 5,87%. Já as projeções para a inflação deste ano subiram de 9,75% para 9,85% na pesquisa geral. Há quatro semanas, estavam em 9,46%.
As projeções para os preços administrados voltaram subir no Relatório de Mercado Focus tanto para 2015 como para 2016. Segundo o documento, a mediana das previsões para esse conjunto de itens no ano que vem passou de 6,35% para 6,60%. Há quatro semanas, estava em 5,92%. Para 2015, as estimativas do mercado financeiro para os preços administrados saiu de 16,00% para 16,11% de uma semana para outra – um mês atrás, a mediana das estimativas era de 15,50%.
Logo cedo, a FGV divulgou que a confiança do consumidor recuou 0,8% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 75,7 pontos, renovando a mínima histórica da série, iniciada em setembro de 2005. No mês passado, o indicador havia cedido 5,3% contra agosto.