Economia

Taxas médias e longas de juros operam com viés de alta com incertezas eleitorais

Os juros futuros de médio e longo prazos operam com viés de alta, após oscilarem entre o viés de baixa e o de alta nos primeiros negócios, apesar do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter vindo abaixo da mediana das projeções. Segundo um profissional de renda fixa, pesam as incertezas político eleitorais.

Está no radar a operação da Polícia Federal nesta terça-feira, 10, com agentes cumprindo mandados de busca por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. O ministro ordenou oito mandados de busca em São Paulo, Ceará e Goiás contra pessoas supostamente ligadas ao senador Eunício Oliveira (MDB), presidente do Senado. A investigação seria de pagamento de propinas a políticos com foro privilegiado.

Além disso, os agentes financeiros devem monitorar a iniciativa do Instituto de Garantias Penais (IGP) de entrar com novo pedido liminar para que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina na quarta-feira a execução provisória da pena após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A solicitação do IGP é direcionada ao ministro Marco Aurélio Mello, relator das ações que tratam da prisão após condenação em segunda instância de forma geral. O pedido veio após o PEN/Patriotas, autor de uma das ações que tentam impedir a possibilidade de cumprimento de pena após condenação em segunda instância, decidir retirar o pedido.

Outra notícia que ampara cautela é a de que a 12ª Vara Federal de Brasília abriu ação penal contra dois amigos muito próximos do presidente Michel Temer – o empresário José Yunes e o coronel João Batista Lima Filho. Eles são acusados pela Procuradoria da República no Distrito Federal por supostamente intermediar propinas ao MDB.

Yunes e o coronel Lima também são alvo da Operação Skala, investigação sobre o Decreto dos Portos. No dia 29 de março eles foram presos pela Polícia Federal, mas soltos dois dias depois por ordem do ministro Luís Barroso, do Supremo.

Às 9h57, o DI para janeiro de 2020 marcava 7,10%, mesma taxa do ajuste anterior, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 exibia 8,14%, de 8,13% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 marcava 9,21%, de 9,19% no ajuste de segunda-feira. No câmbio, o dólar à vista caía 0,26%, aos R$ 3,4114.

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,09% em março, ante um avanço de 0,32% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado veio abaixo da mediana, mas dentro do intervalo das previsões ia de alta de 0,05% a 0,16%. A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 0,70%. Em 12 meses, o IPCA acumulou avanço de 2,68%, também abaixo da mediana, de 2,71%, com base num intervalo de 2,64% a 2,75%.

Mais cedo foi revelado que o IPC-S acelerou em seis das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de abril em relação à última leitura de março.

Daqui a pouco, o mercado vai olhar o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que participa a no período da manhã desta terça-feira de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

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