O Tribunal de Contas do Município (TCM) suspendeu por dez dias a abertura dos envelopes da nova licitação dos ônibus na cidade de São Paulo. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira, 11, e atrasa os planos da Prefeitura de verificar as propostas das empresas nos dias 18 e 19 deste mês.
A informação foi confirmada pelo órgão e por empresários do setor de transporte, que disputam os novos contratos divididos em 27 lotes, avaliados em R$ 140 bilhões e válidos por 20 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 20 anos. Não se sabe ainda a motivação da suspensão.
A gestão Fernando Haddad (PT) deveria ter assinado o novo serviço em 2013, quando os antigos contratos assinados durante a gestão da então petista Marta Suplicy, que agora está no PMDB, venceram. Os protestos daquele ano por redução de tarifa e transparência na gestão da mobilidade pública municipal fizeram a Prefeitura adiar o prazo e gastar milhões em um auditoria independente.
A nova concessão será dividida em três eixos: dentro dos bairros; no entorno de áreas adensadas fazendo ligação com terminais de ônibus; e em grandes avenidas com corredores e faixas exclusivas. O formato prevê aumentar em 14% a quantidade de assentos e em 17% o número de viagens.