Contratado para ser diretor de futebol, João Brigatti viu sua função mudar em pouco mais de dois meses. Após a demissão do técnico Pintado, o então diretor foi acionado para tentar salvar a Ponte Preta do rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. Missão parecida quando foi chamado em 2020, e livrou o time de Campinas do rebaixamento do Campeonato Paulista e ainda levou até as semifinais.
Em 2020, após uma péssima campanha no início do Campeonato Paulista, a Ponte Preta brigava para não cair, quando demitiu Gilson Kleina e contratou Brigatti. O treinador e ex-goleiro da equipe campineira encontrou um time desconfiado e com jejum de vitórias e realizou uma campanha de recuperação, levando o time até as semifinais da edição, sendo eliminado para o Palmeiras. Situação parecida com a que tem agora, faltando oito jogos para o fim da Série B.
"Foi uma tarefa árdua e difícil, mas conseguimos êxito naquele momento. O cenário agora é parecido, porque pegamos uma equipe sem confiança pela falta de vitórias e que precisa trabalhar esse lado emocional. Vamos fortalecer esse ponto, mas sempre cobrando nos treinos e nos jogos", disse o técnico.
Em 2020, também foi a primeira vez que o treinador assumiu o comando da Ponte Preta de forma efetiva. Antes, só havia assumido de forma interina. Por coincidência, no dia 2 de outubro de 2020, ele acabou demitido, e três anos depois, é reconduzido ao cargo, para sua quinta passagem.
O primeiro desafio dele será contra o Sport, na próxima segunda-feira, na Ilha do Retiro, no encerramento da 31ª rodada. O confronto carrega um tabu para a Ponte Preta, que jamais venceu o rival em solo pernambucano. Ao todo, foram 11 jogos, com oito derrotas e três empates, entre Brasileiro, Série B e Copa Sul-Americana.
"Vamos enfrentar uma partida muito difícil contra o Sport, mas estamos focados nos treinamentos para colocar em prática nossas convicções. Respeitamos as ideias do Pintado, mas agora vamos tentar impor o nosso entendimento do jogo, buscando uma equipe equilibrada e que busca a vitória, mas sem deixar de se preocupar com o trabalho defensivo", disse o treinador.
Sem vencer há cinco jogos, a Ponte Preta é a 15ª colocada, com 33 pontos. A vantagem para a Chapecoense, primeiro time da zona de rebaixamento, é de quatro pontos. Quando entrar em campo na segunda-feira, a diferença poderá ser de apenas um.