“A Vida É Bela”, “À Espera de Um Milagre”, “Um Sonho de Liberdade” e “Uma Lição de Amor”. Misture tudo no liquidificador e o resultado é o filme sul-coreano “Milagre na Cela 7”. Coreano? Sim. Espere sete anos e, através de um poderoso serviço de streaming, tenha uma versão turca açucarada da obra original.
Há tantas referências nessa versão lançada recentemente pela Netflix que, no final das contas, parece que o filme é a junção de um quebra-cabeças já visto, o que resulta em um resultado visualmente belo e preguiçoso.
A história é simples: Memo, homem com deficiência cognitiva, é preso injustamente ao ser acusado de um assassinato que ele não cometeu. Sua filha, Ova, faz de tudo para provar sua inocência, enquanto soldados mal-encarados e fascistas simplesmente acreditam na criança.
No meio do caminho, outras desgraças pessoais ganham a vida de pai e filha, enquanto Memo conquista seus colegas de cela por sua inocência e sua filha é auxiliada pela professora de bom coração.
Há cenas que claramente são feitas para o espectador chorar: câmera lenta, foco nas expressões de pai e filha, acusação injusta, inocência perdida, música triste. Quer saber? Em muitas delas o filme é bem-sucedido. Faz chorar ou, ao menos, lacrimejar.
Tecnicamente bem feito, com roteiro repleto de clichês vistos na “Sessão da Tarde” e “Cinema em Casa” por tantos anos, este “Milagre na Cela 7” consegue emocionar, sim, mas não se torna o filme inesquecível que muitas vezes ele acha que é. É um melodrama turco para assistir, quem sabe, depois de “Vale a Pena Ver de Novo” para relembrar os bons tempos.
Opinião Gweb
Nota do filme (de 0 a 5): 3
Recomendado? Sim. É um melodrama repleto de clichês, com cenas forçadas para levar o espectador ao choro. Mas o problema é que muitas cenas conseguem justamente isso!
Onde assistir: Netflix
Serviço
Milagre na Cela 7
Ano: 2020
País: Turquia
Duração: 132 min.
Direção: Mehmet Ada Öztekin
Classificação: 14 anos