Um novo escândalo de doping no atletismo parece estar em vias de estourar. Nesta segunda-feira, a polícia da Espanha deteve o somali Jama Aden, técnico da etíope Genzebe Dibaba, acusado de administrar substâncias dopantes a seus atletas. Ele foi preso depois que a polícia invadiu seu quarto em um hotel em Sabadell, nos arredores de Barcelona, e encontrou traços de EPO e outras substâncias dopantes.
Cerca de 30 atletas treinados por Aden estão em Sabadell para um camping anual que o técnico realiza na cidade. Todos eles foram submetidos a exames antidoping surpresa comandados pela Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF). Os resultados, obviamente, ainda devem demorar a ser divulgados.
Junto com Aden foi preso só um atleta, de origem marroquina, cujo nome não foi revelado. Eles são acusados de administrar e distribuir substâncias dopantes e perigosas à saúde pública. Eles devem ser julgados nas próximas 72 horas. Atletas da Somália, do Sudão, da Etiópia e do Djibuti estavam no hotel.
Genzebe Dibaba é o principal nome feminino das provas de fundo do atletismo. Irmã de Tirunesh Dibaba, três vezes campeã olímpica, e de Ejegayehu Dibaba, prata em Atenas, a jovem de 25 anos foi ouro nos 1.500m no Mundial de Pequim, no ano passado, ganhando o bronze nos 5.000m.
Ela é recordista mundial dos 1.500m desde julho do ano passado e, em ambiente indoor, é dona de todos os recordes de provas de fundo: 1.500m, 3.000m, 1 milha, 2 milhas e 5.000m.