O lucro líquido da Telefônica Brasil (dona da Vivo) atingiu R$ 746 milhões no segundo trimestre de 2022, o que representa recuo de 44,6% em relação ao mesmo período de 2021, conforme balanço publicado nesta terça-feira, 26.
A queda no lucro reflete o aumento nas despesas financeiras da operadora, que tomou empréstimos para comprar as licenças do 5G, além de arrematar as redes móveis da Oi (aquisição feita junto de TIM e Claro). Ao mesmo tempo, a taxa de juros no País vem crescendo nos últimos anos, o que encareceu as dívidas.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi de R$ 4,578 bilhões, alta de alta de 8,3% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda encolheu 1 ponto porcentual, para 38,7%. O dado no critério "recorrente" exclui ganhos e perdas de ordem tributária e regulatória.
A receita líquida totalizou R$ 11,831 bilhões, avanço de 11,1%, impulsionada pelo crescimento da receita com serviços de telefonia móvel e banda larga fixa. O trimestre também marcou o início da transferência dos clientes da Oi para a Vivo. Excluindo o efeito da aquisição da Oi Móvel, a receita subiu 7,6%.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 601 milhões, o que representa uma despesa 282% maior na comparação anual.
Os custos totais de operação da Telefônica Brasil cresceram 12,9%, para R$ 7,253 bilhões.