O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quarta-feira, 22, em sua conta no Twitter que determinou a liberação da importação de feijão como forma de reduzir os preços para o consumidor final. Temer utilizou a hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão para anunciar a medida.
Segundo o presidente em exercício, a liberação da importação vale para Argentina, Paraguai e Bolívia, países vizinhos do Mercosul. A requisição foi feita ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, que participa de reunião com Temer neste momento no Palácio do Planalto.
Há ainda possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China, disse Maggi em entrevista ao Portal do Planalto.
"O preço do principal produto na mesa dos brasileiros subiu em função de questões climáticas, que ocasionou a perda de praticamente todas a safra no Centro-Oeste", explicou o ministro na nota do Planalto. "Isso ocasionou uma queda na oferta e um aumento na demanda, fazendo com que os preços subissem."
Negociações
Outra medida que está sendo tomada, afirmou o Maggi, é de negociar com grandes redes de supermercado para que busquem o produto onde há maior oferta.
"Pessoalmente tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o produto vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido", afirmou o ministro.
O clima tem afetado a safra de vários produtos básicos neste ano. Só o feijão subiu 28%, em média, até maio, segundo pesquisa de auditoria de varejo da GFK, que coleta preços em pequenos e médios supermercados instalados 21 regiões do País, entre capitais e cidades do interior. De acordo com a GFK, cada família consome cerca de 3 quilos de feijão por mês.
Segundo o IBGE, que mede a variação nas capitais, o preço do feijão subiu 33,49% no ano até maio e 41,62% em 12 meses.