O presidente Michel Temer declarou, em entrevista à Band exibida nesta terça-feira, 6, que a decisão de pautar ou não a reforma da Previdência na Câmara é do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e que o governo espera colocar a proposta em votação somente com a certeza de que irá aprová-la. A intenção é votar a reforma no dia 20, mas o Planalto reconhece que ainda faltam aproximadamente 40 votos para atingir os 308 necessários.
Temer declarou que não adianta pautar o tema sem a certeza de aprovação. “Evidentemente a avaliação política se convém pautar ou não será naturalmente da Câmara dos Deputados, do presidente da Câmara dos Deputados. O governo pretende pautá-la, mas pautá-la também com a certeza de que vai aprová-la”, disse. O presidente declarou que acredita na aprovação da proposta.
Para Temer, fevereiro é a “data especial e providencial” para votar o texto em primeiro turno na Câmara. “O tema da Previdência pode sair da pauta de votação, mas não sai da pauta política”, disse, complementando que, se a reforma for aprovada, o tema não estará na eleição deste ano e facilitará a situação dos candidatos.
Mudanças. Depois de dizer que admite ceder em dois pontos da reforma para conseguir aprová-la (acúmulo de benefícios e regra de transição para servidores que ingressaram no sistema antes de 2003), o presidente afirmou que já se dá por satisfeito se a idade mínima e a equiparação do sistema entre os setores público e privado passar no Congresso. “A idade e essa história da equiparação do setor público com o setor privado são os dois grandes motes da Previdência. Passando isso, acho que já damos um passo gigantesco.”
Temer admitiu que o governo trabalha para aprovar uma proposta “possível”. “As reformas são sempre aquelas possíveis. Entre o ideal e o possível, às vezes você deve ficar com o possível.”