O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), disse a empresários que uma eventual estatização do Porto de Santos precisa ser avaliada com pragmatismo. "Temos que olhar com pragmatismo, avaliar as vantagens e desvantagens. Sabemos da importância logística do porto", afirmou Garcia, em conversa com representantes da indústria do trigo e derivados de São Paulo, nesta segunda-feira (8).
Garcia afirmou também que não tem tido diálogo com o governo federal em relação ao plano de privatização de portos, que inclui também o complexo portuário de Santos.
A gestão estadual do porto foi demanda levantada por empresários na reunião. "É uma questão política transferir a gestão para São Paulo", pediu um dos representantes da indústrias moageira. O pedido vem após o setor ter enfrentado gargalos neste ano com a retenção de cargas importadas no complexo portuário por longos períodos.
No evento, Rodrigo Garcia disse que, nas suas mãos o Estado não vai se "desarrumar". Se reeleito, ele disse que irá sentar com que for escolhido à Presidência da República. "Sei como administrar e tenho bom grupo de mulheres e homens ao meu lado. Estou aqui para garantir conquistas e dizer que São Paulo não vai andar para atrás", afirmou Garcia
A conversa com representantes da indústria do trigo e derivados de São Paulo ocorreu em encontro promovido pelo Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo) e pelo Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado de São Paulo (Simabesp), na manhã desta segunda.
Garcia destacou a participação do economista Felipe Salto em seu governo como secretário da Fazenda e Planejamento do Estado, e da economista Zeina Latif, como secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado. "Quando Doria saiu e alguns secretários saíram junto, me esforcei para buscar nomes", disse, acrescentando que Zeina está à frente de seu plano de governo.
<b>Propostas</b>
O governador de São Paulo e candidato à reeleição disse que "sentiu falta" de propostas no primeiro debate com os demais candidatos ao governo, realizado na noite deste domingo, 7, pela <i>Band</i>. "Os candidatos estão muito preocupados em nacionalizar a campanha. Meus principais adversários só querem falar de Brasília e Brasil. Espero que tenhamos oportunidade de discutir propostas para São Paulo", disse a jornalistas após o encontro.
Questionado sobre qual tema norteará as eleições estaduais, Garcia citou emprego, segurança pública e educação. O governador disse também que a população começará a prestar atenção na eleição estadual após 7 de setembro. "Enquanto 90% sabem que tem eleição para presidente, apenas metade sabe que tem eleição para o governo do Estado. O debate é importante que chama atenção que terá eleição para governador", afirmou Garcia.