A cidade de São Paulo tem registrado índices baixos de umidade relativa do ar, o que é prejudicial à saúde. Conforme a Defesa Civil de São Paulo, uma frente fria que se desloca bem distante no oceano consegue levar ventos marítimos e úmidos direcionados à faixa leste do Estado paulista.
A tendência é de que as temperaturas não subam tanto, e os índices de umidade relativa do ar fiquem acima dos 40% na cidade, pelo menos nesta sexta-feira, 4.
A manhã na capital paulista começou com variação de nebulosidade e termômetros oscilando em torno dos 11,6°C na madrugada. No decorrer do dia, o sol predomina e favorece a elevação das temperaturas, provocando uma tarde com baixos índices de umidade e temperaturas elevadas para a época do ano.
"Os dados mostram que até o momento não houve registro de chuva em agosto, sendo que são esperados 29,7mm para o mês", afirma o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo.
Tanto a alta quanto a baixa umidade não são ideais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os valores considerados adequados para a saúde devem estar entre 50% e 60%. Para enfrentar os efeitos no organismo, a recomendação principal é manter a hidratação.
No caso do tempo seco, acende-se ainda o alerta para o aumento da possibilidade de transmissão de doenças infeccionais virais e bacterianas, assim como pode haver o agravamento do quadro de pessoas que sofrem de alergias respiratórias.
Com a baixa umidade relativa do ar, observa-se também o aumento da irritação de todas as mucosas, como a ocular e a nasal, até a sensação de boca mais seca.
<b>Chuva fraca na semana que vem</b>
A massa de ar seco e quente forma um bloqueio atmosférico, o que mantém o tempo seco com sensação de calor para a época do ano. Não há previsão de chuva para esta sexta-feira, 4. "A previsão indica alguma chuva fraca e isolada apenas no decorrer da próxima semana", disse o CGE.
No sábado, 5, também não há condições para chuva na Grande São Paulo. No domingo, 6, o tempo segue seco e ensolarado com temperaturas em elevação. Os índices de umidade devem atingir valores próximos aos 30% no período da tarde e não há previsão de chuva.
"No fim de semana, a passagem afastada de uma frente fria no oceano vai favorecer o aumento das condições de chuva fraca e isolada apenas sobre o litoral sul paulista e a região do Vale do Ribeira", projeta a Climatempo.
Conforme a empresa brasileira de meteorologia, na próxima semana, a passagem de outra frente fria, mais forte, conseguirá trazer chuva, de fato, para mais áreas do leste e sul paulista, podendo inclusive mudar o tempo em algumas regiões do centro e oeste de São Paulo.
<b>Previsão da Climatempo para a capital paulista:</b>
– Sexta-feira: entre 13ºC e 26ºC;
– Sábado: entre 14ºC e 27ºC;
– Domingo: entre 15ºC e 30ºC;
– Segunda-feira: entre 16ºC e 31ºC;
– Terça-feira: entre 17ºC e 24ºC – mudança brusca de temperatura e previsão de pancadas de chuva.
<b>Interior de SP com baixa umidade</b>
Já no interior paulista, as condições de baixa umidade continuam ainda mais críticas. "A umidade relativa do ar deve atingir níveis abaixo dos 25% no extremo noroeste do Estado, podendo chegar aos 18%. Para o norte e nordeste do Estado, fica atenção para o risco de queimadas", alerta a defesa civil.
<b>Alguns cuidados diante do tempo seco:</b>
– Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h.
– Proteger-se do sol.
– Umidificar o ambiente com uso de vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água.
– Beber bastante água.
– Manter alimentação saudável.
– Usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas.
– Quando tomar banho, deixar a porta do banheiro aberta para o vapor se espalhar para os outros cômodos.
– Passar hidratante no corpo até três minutos após sair do chuveiro para reter a umidade adquirida durante o banho.
– Deixar roupas secando na lavanderia com a porta aberta e janelas fechadas para umidificar outros cômodos.
– Colocar toalhas umedecidas pela casa, assim como bacias com água.
– Deixar plantas também nos ambientes da casa.
– Não descartar bitucas de cigarro onde há vegetação e não colocar fogo em terrenos (além de causar incêndios de grande proporção é crime ambiental).