Estadão

Tenho sentimento de que a Copa América ainda me deve qualquer coisa, diz Danilo

Um dos jogadores mais experientes da seleção brasileira, Danilo completa 13 anos de convocações nesta temporada. O defensor, contudo, não se mostra cansado pela longa trajetória na equipe nacional. Pelo contrário, ele revela empolgação de garoto, principalmente quando o assunto é Copa América, um troféu que ainda não aparece em sua longa lista de conquistas.

"Tenho algumas coisas que estão me guiando nesse início de preparação. Fiquei fora de duas Copas Américas, em 2015 e em 2016, por causa de uma lesão no tornozelo e perdi a final de 2021. Então, eu tenho um sentimento que a Copa América ainda me deve qualquer coisa", afirmou o jogador, que completará 33 anos em julho.

O título da Copa América, que começa no dia 20 deste mês, seria o primeiro de Danilo pela seleção principal. Até agora, ele soma conquistas apenas nas equipes de base, como o Sul-Americano Sub-20 e a Copa do Mundo Sub-20, ambas em 2011. Foi ainda medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

"Estou com um sentimento de me preparar da melhor maneira possível, de dar a minha contribuição da melhor forma. Como falei, acho que a Copa América me deve qualquer coisa e eu vim aqui para buscar", disse o experiente atleta, em entrevista à CBF TV.

Foi justamente em 2011, quando obteve duas grandes conquistas pela seleção de base, que Danilo ganhou sua primeira chance no time principal. "É sempre gratificante estar aqui na Seleção. Muito mais do que o compromisso, muito mais do que o trabalho, muito mais do que objetivar ganhar coisas. É um orgulho sempre vestir a camisa da seleção brasileira. Por mais que eu esteja aqui já há muitos anos, é sempre um sentimento de euforia, um sentimento de cumprir um sonho mesmo."

Danilo foi convocado pelo técnico Dorival Júnior para ser uma das referências da seleção na Copa América, a ser disputada nos Estados Unidos. O jogador está acostumado a ser líder, tanto que é capitão da Juventus, onde tem contrato até 2025.

"Existe o tempo certo da conversa, o tempo certo da intervenção com a fala. A maior parte é pelos atos. Mostrar nos treinamentos, na conduta, no dia a dia, o quão grande é vestir a camisa da seleção brasileira. A minha maneira de inspirar (os mais jovens) é demonstrando que depois de tanto tempo treino com muita intensidade", pregou o jogador.

"E, claro, procuro, quando é o momento justo, fazer as intervenções pela conversa, de contar histórias e humanizar aquilo que é a minha trajetória, fazer com que eles também se sintam parte de tudo isso que a gente está tentando construir."

Danilo, que atua tanto na lateral-direito quanto na zaga, revelou que tem planos para a pós-carreira: estudar Psicologia. "Tenho muitos objetivos ainda na carreira, né? Eu acho que a vida só acaba quando você deixa de ter objetivos e sonhos. Certamente, estudar Psicologia está no meu radar. É uma das coisas que me apaixona. É uma das coisas que eu gosto muito dessas relações interpessoais, entender como funciona o cérebro humano, se é que existe esse entendimento. Mas tenho muitos outros sonhos. Gosto muito de comunicação também. Tenho também muitos outros sonhos de poder passar domingos e finais de semana tranquilos em família, entre amigos."

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