Um dia após o texto base do projeto de lei 4330, que trata da regulamentação da terceirização no País, ser aprovado no plenário da Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo “olha com muito interesse” para os desdobramos do projeto e que “a terceirização não pode comprometer direitos dos trabalhadores”.
“Não podemos desorganizar o mundo do trabalho e temos que garantir que as empresas que sejam contratadas assegurem salários e contribuições previdenciárias e paguem seus impostos”, afirmou a presidente em coletiva de imprensa, após evento de entrega de 500 moradias do programa Minha Casa Minha Vida em Duque de Caxias (RJ).
A presidente reforçou também o compromisso de seu governo de entregar mais 3 milhões de moradias pelo Minha Casa até o final de seu mandato. “Tenho muito orgulho de já ter entregue 2,132 milhões de moradias no Brasil todo. Vamos continuar entregando ao longo do ano mais de 1,6 milhão”, disse. “Iremos fazer até 2018, portanto, nos próximos 4 anos, mais 3 milhões de moradias. E quando digo que vamos fazer é porque vamos fazer”, disse.
Segundo Dilma, apenas na cidade carioca já foram entregues 3.800 casas e ainda há outras 6.500 para serem construídas. “O Minha Casa Minha Vida vai continuar. Os que ainda não tiveram acesso vão ter”, disse.
A presidente afirmou ainda que, no início do programa habitacional, “inventaram que o programa era uma factoide, uma fantasia, uma coisa que não ia acontecer”. “Chegaram a dizer até que era algo que nos estávamos fazendo, eu e o presidente Lula, por causa da campanha eleitoral”, disse.
Segundo ela, “com a credencial” de já ter entregado mais de duas milhões de casas “podemos dizer em alto e bom som: temos sim, não só competência, mas o compromisso com os brasileiros que mais precisam de fazer 3 milhões de casas”, disse.
Dilma citou ainda o Mais Médicos e disse que, com a evolução do programa, mais pessoas terão atendimento. “Estamos ampliando o mais médicos; vamos atender 70 milhões de pessoas até 2018”, afirmou.
Articulação política
A presidente defendeu ainda a escolha do vice-presidente Michel Temer para articulação política do governo e disse ter certeza que ele “tem todas as condições” para estar no posto. “Tem a autoridade de ser vice. Tem a experiência da vida dele, foi presidente da Câmara Federal em uma oportunidade muito recente”, destacou. “E de outro lado tem uma imensa capacidade para o diálogo, para construir consenso, para construir toda relação que é necessária, construir com uma coalizão da envergadura na nossa”, afirmou aos jornalistas.
Dilma disse que Temer, “assim como qualquer outra pessoa que integra o governo, leva em consideração que nossa base é integrada por diversos partidos”. Segundo ela, Temer não é uma pessoa estranha ao governo. “Ele é do coração do governo. Ele vive o dia a dia”, afirmou.
A presidente destacou ainda que o vice-presidente já tem autonomia dada pelo cargo. “Dado que nossos compromissos são comuns, a autonomia está dada pelo fato de que ele integra o governo”, disse.