Terminou às 18h37 desta terça-feira a reunião de Análise de Conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O encontro havia começado às 14h17. Participaram o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e sete diretores da instituição. O colegiado está com um membro a menos desde que Fabio Kanczuk, que era diretor de Política Econômica, deixou o colegiado, em dezembro. Seu substituto, Diogo Guillen, ainda não foi sabatinado pelo Senado.
Pela manhã, eles já haviam se reunido para a sessão de Análise de Mercado, também no âmbito do Copom. Nesta quarta-feira, 2, os dirigentes do BC têm mais uma rodada de discussões antes de decidirem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 9,25% ao ano.
Com a expectativa unânime no mercado de nova alta de 1,50 ponto porcentual, conforme as 59 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, a Selic deve voltar aos dois dígitos, patamar que abandonou em julho de 2017, e registrar a maior taxa desde maio daquele ano (11,25%), ao chegar a 10,75%.
Se confirmada a expectativa do mercado, o processo de aperto monetário atual acumulará alta de 8,75 pontos porcentuais e será o mais forte desde 1999, quando, em meio à crise cambial, o BC aumentou a Selic em 20 pontos porcentuais de uma vez só. O ciclo atual começou em março do ano passado, com os juros básicos da economia no piso histórico de 2%.