Um terremoto de magnitude 6,4 registrado na região central da Croácia nesta terça-feira, 29, matou uma criança, feriu muitas pessoas e destruiu várias casas e prédios, segundo autoridades. As equipes de resgate tentam tirar vítimas dos escombros, como mostraram imagens de TV, e tropas do Exército foram enviadas para ajudar.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o forte sismo foi registrado na cidade de Petrinja, no centro do país. Com profundidade de 10 km, o tremor aconteceu em torno das 11h30 GMT (8h30 no horário de Brasília).
Segundo o Centro Sismológico Euromediterrâneo, o sismo foi sentido com força também na capital do país, Zagreb, onde moradores assustados saíram às ruas. "Há pânico geral, as pessoas estão procurando seus entes queridos", disse o prefeito de Petrinja, Darinko Dumbovic, à televisão regional <i>N1</i>.
Imagens da cidade, de cerca de 20 mil habitantes, mostravam o colapso de telhados e ruas com escombros. Socorristas e o Exército foram mobilizados para buscar pessoas presas sob os escombros dos edifícios afetados. O primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, confirmou a morte de uma menina (a idade não foi informada).
"Tenho medo, não posso falar com ninguém em casa, porque as linhas telefônicas estão mudas", disse uma mulher de Petrinja à <i>N1</i>.
O tremor se deu um dia após um sismo de menor magnitude em Petrinja causar danos em edifícios. Em março, um terremoto de magnitude de 5,3 sacudiu a capital croata, provocando importantes destroços materiais.
Os Bálcãs são uma zona de forte atividade sísmica, e esses fenômenos são frequentes.
<b>Central nuclear fechada na Eslovênia</b>
A planta nuclear eslovena de Krsko foi fechada de forma preventiva, informou uma porta-voz desta central atômica. Segundo a agência de notícias <i>STA</i>, trata-se de um "procedimento normal em caso de fortes terremotos".
O terremoto foi sentido na capital, Liubliana, assim como em vários países da região, especialmente na Hungria e na Áustria, relataram testemunhas em depoimentos aos jornais.
Seu epicentro se situou a cerca de 50 km ao norte da capital croata, Zagreb, próximo da localidade de Petrinja.
Construído na época iugoslava e em funcionamento desde 1983, o reator do tipo Westinghouse de Krsko, de 700 megawatts de potência, é o único da Eslovênia. O país compartilha este sítio nuclear com a Croácia.
Chegou-se a programar o encerramento de sua atividade para 2023, após 40 anos de funcionamento. Em 2015, porém, Liubliana e Zagreb decidiram prolongar sua atividade por mais 20 anos, apesar dos protestos de várias ONGs.
A central cobre em torno de 20% das necessidades elétricas da Eslovênia, e 15%, no caso da Croácia. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS