Estadão

Terremoto de magnitude 6,6 na China deixa ao menos 65 mortos

O forte terremoto que atingiu o sudoeste da China na segunda-feira, 5, atingiu mais de 300 pessoas entre mortos, feridos e desaparecidos. De acordo com balanço divulgado pela mídia local na madrugada desta terça-feira, 6, o saldo era de 65 óbitos e 248 ferimentos. As equipes de resgate ainda buscam 12 pessoas que não foram encontradas, informou o jornal <i>Global Times</i>.

Conforme o departamento chinês dedicado ao controle de terremotos, China Earthquake Networks Center, o tremor chegou a uma profundidade de 16 quilômetros e teve seu epicentro no condado de Luding, localidade de Ganzi, cidade a cerca de 200 quilômetros da capital provincial, Chengdu. Entre os mortos, 37 pessoas faleceram em Ganzi, enquanto os outros 28 morreram na zona urbana de Ya an. Até agora, mais de 50 mil pessoas foram temporariamente realocadas em Ganzi e Ya an.

Segundo a escala usada pelas autoridades sismológicas da China, um terremoto de magnitude 6 significa que a maioria das pessoas afetadas não consegue ficar de pé de forma estável durante o tremor, que provoca rachaduras nas paredes e pode derrubar telhas e chaminés. Após uma inspeção preliminar, as autoridades locais informaram que a comunicação com algumas cidades da região foi interrompida.

Deslizamentos de terra e danos graves em casas e estradas também foram constatados, informou a rede estatal CCTV. O governo chinês elevou o nível de resposta a terremotos para o segundo mais alto, além de mobilizar uma força-tarefa à área para auxiliar no trabalho de socorro. No total, mais de 6,5 mil militares se juntaram às equipes de resgate.

O tremor foi sentido em Chengdu e alguns moradores postaram vídeos de suas casas nas redes sociais. As imagens mostram lâmpadas balançando e objetos caindo no chão. A escritora Jennifer Zeng publicou no Twitter um vídeo que circulou bastante nas redes sociais. O vídeo de dentro de um carro capta o momento exato do tremor, que desaba telhados e assusta a população.

A província de Sichuan está em uma área com atividade sísmica frequente e foi palco de um terremoto catastrófico de magnitude 8 na escala Richter, em maio de 2008. O abalo deixou mais de 90.000 mortos e desaparecidos. Nas últimas semanas, Sichuan também foi atingida pela maior onda de calor em décadas, uma seca que provocou cortes de energia em algumas áreas e incêndios. A província também passa por um novo surto de covid-19. A capital está em isolamento desde a última sexta-feira. (Com agências internacionais).

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