Os pré-candidatos do Partido Republicano à presidência dos EUA discutiram durante um debate transmitido pela rede CNN sobre como proteger o país de um futuro ataque terrorista e sobre o papel norte-americano em um cenário mundial cada vez mais tumultuado.
O resultado foi um debate com divisões abertas – e diversos ataques pessoais – entre os pré-candidatos sobre até onde ir na monitoração de dados telefônicos dos norte-americanos, sobre o envio de mais tropas dos EUA para o Oriente Médio, etc.
O centro das atenções foi a evolução do embate entre os senadores Ted Cruz, do Texas, e Marco Rubio, da Flórida, dois líderes na corrida para ser a alternativa a Donald Trump. Os dois senadores divergiram sobre coleta de dados, gastos militares, imigração e sobre como lidar com o presidente da Síria, Bashar al-Assad.
Enquanto Trump segue em primeiro lugar nas pesquisas entre os republicanos, Cruz e Rubio intensificaram uma antiga divisão dentro do partido entre insurgentes conservadores e republicanos mais pragmáticos.
Trump fez uma nova série de ataques, mas desta vez prometeu não concorrer como independente se não for escolhido pelos republicanos como o candidato do partido à presidência.
Mas foi o ex-governador da Flórida, Jeb Bush, quem deu os maiores golpes durante o debate, na tentativa de ganhar força na corrida. Bush questionou a proposta de Trump de banir os muçulmanos de viajar para os EUA e argumentou que o empresário não têm o conhecimento e o julgamento necessários para liderar o país.
A segurança nacional se tornou uma questão preeminente para os norte-americanos, e os republicanos em particular, depois dos ataques coordenados em Paris e de um ataque em San Bernardino, na Califórnia, realizado por muçulmanos radicais.
Três quartos dos eleitores da primária dos republicanos listam essa questão como uma de suas maiores preocupações, mais do que a proporção de 53% observada em abril, de acordo com pesquisa do Wall Street Journal e da NBC News. Fonte: Dow Jones Newswires.