Um dos índices de mercado mais prestigiados do mundo, o S&P 500 agora vai ter a presença de uma fabricante de carros elétricos: a Tesla, de Elon Musk. Após ver suas ações subirem 370% desde o início do ano, a companhia passou a fazer parte do seleto índice, que reúne as maiores empresas americanas listadas na bolsa de valores.
O anúncio foi feito pela S&P Dow Jones Indices na noite da segunda-feira e fez as ações da empresa dispararem no mercado. Ontem, a Tesla se valorizou em 8%, com papéis cotados a US$ 441,61 e valor de mercado total de US$ 418 bilhões. Além disso, a valorização fez a fortuna de Elon Musk, presidente executivo da empresa e também da companhia aeroespacial Space X, crescer mais um pouco, chegando a US$ 97 bilhões, segundo o placar em tempo real da revista Forbes.
Com a valorização, Musk hoje é mais rico que nomes tradicionais do ranking, como Warren Buffett e Amancio Ortega, da Zara. Está na quinta posição dos homens mais ricos do mundo e perto de ultrapassar outro executivo referência do Vale do Silício: Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, dono de US$ 101 bilhões.
Além do otimismo do mercado, que vê na inclusão da Tesla no S&P 500 mais um sinal que mostra que a empresa está no caminho certo, a decisão da Dow Jones Indices reforça os negócios da empresa. Isso porque fundos de investimentos indexados ao S&P 500 terão de vender cerca de US$ 51 bilhões em ações de companhias que já estão no índice para usar o dinheiro para comprar ações da Tesla, de modo que seus portfólios reflitam corretamente o índice, disse a S&P Dow Jones Indices. A Tesla vai corresponder a cerca de 1% do indicador.
Ainda não há data exata para a inclusão acontecer. Isso porque a S&P Dow Jones Indices perguntou a preferência dos investidores sobre a inclusão integral da Tesla no índice em 21 de dezembro, ou em duas etapas, com a primeira ocorrendo uma semana antes, diante do grande valor de mercado da companhia.
Hoje, a Tesla é a montadora mais valiosa do mundo, graças ao potencial que o mercado vê nos carros elétricos. A empresa, porém, está bem atrás de rivais como Volkswagen e Toyota na venda de veículos: em 2020, a meta da empresa de Musk é de conseguir entregar 500 mil carros, uma fração do volume das concorrentes. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>