O programa Tesouro Direto registrou vendas líquidas de R$ 1,1 bilhão em setembro, o maior valor desde a criação do programa, em 2002. O balanço do programa foi divulgado ontem pelo Tesouro Nacional e revela que, no mês, foi registrado o maior número de operações de venda de títulos em um mês, 119.537 operações, uma alta de 5,8% em relação a agosto deste ano e de 275,4% em relação a setembro de 2014.
Em setembro, foram registradas 17.892 novas adesões ao programa, um aumento de 44,70% em relação a setembro do ano passado, totalizando 570.058 investidores cadastrados. Outro recorde registrado pelo programa diz respeito ao número de novos investidores ativos, que alcançou 12.393, um crescimento de 321,8% em comparação ao mesmo período de 2014, totalizando 199.906 investidores com posição.
Com relação aos títulos mais demandados pelos investidores, em primeiro lugar aparecem os indexados ao IPCA (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com juros semestrais), cuja participação nas vendas atingiu 49,6%. Os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com juros semestrais) corresponderam a 26,3% do total e os indexados à Selic (Tesouro Selic), 24,1%.
Vencimento de 10 anos. Em relação ao prazo de emissão, 15,3% das vendas do Tesouro Direto em setembro foram de títulos com vencimentos acima de 10 anos. As vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos totalizaram 42,9% e as com prazo entre 1 e 5 anos, 1,8% do total.
O Tesouro destaca ainda a utilização do programa por pequenos investidores. Em setembro, o número de vendas de até R$ 5 mil correspondeu a 66,5% do total. O valor médio das operações no mês foi de R$ 12,699 mil.
Estoque
O estoque das operações do Tesouro Direto somou R$ 21,88 bilhões, uma alta de 6,2% em relação ao mês anterior e de 53,2% ante setembro de 2014.
Os títulos remunerados por índices de preços são os de maior volume no estoque, alcançando 60,2%. Em seguida, aparecem os títulos prefixados, com 20,9%, e os títulos indexados à taxa Selic, com 19%.
Em relação ao prazo dos títulos que compõem o estoque, 3,1% dos títulos vencem em até um ano. A maior parte, 54,4%, é composta por papéis que vencem entre um e cinco anos. Outros 26,4% têm vencimento entre cinco e 10 anos, e 16,1%, com vencimento acima de 10 anos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo