O programa Tesouro Direto encerrou o ano de 2017 com recordes no valor investido, estoque e no número de investidores. De acordo com balanço divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, 24, o estoque do programa alcançou o valor histórico de R$ 48,5 bilhões em dezembro de 2017, alta de 18,2% na comparação com dezembro de 2016.
No ano, as aplicações superaram os resgates em R$ 2,88 bilhões. O valor líquido ficou abaixo do registrado em 2016, que foi de R$ 11,42 bilhões.
Em relação ao número de investidores, o número total cadastrado alcançou 1,83 milhão, sendo 565.758 ativos, os dois números no maior patamar alcançado pelo programa.
Também o número de operações foi recorde no ano passado, tanto em quantidade (2,17 milhões) quanto em valor (R$ 19,438 bilhões, média de R$ 1,61 bilhão por mês).
Dessas operações, 75,9% foram investimentos de até R$ 5 mil, sendo 50,6% de até R$ 1 mil. Outro recorde registrado foi de participação feminina entre os investidores cadastrados, que passou de 24,11% em dezembro de 2016 para 27,51% em dezembro de 2017.
O estoque encerrou o ano com 60,1% de títulos remunerados por índices de preços. Outros 23,1% são papéis corrigidos pela taxa Selic e 16,8% títulos prefixados.
Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, 60,1%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 23,1% e os títulos prefixados, com 16,8%. A maior parte do estoque (40,9%) tem vencimento entre 1 e 5 anos. Outros 37% vencem entre 5 e 10 anos, 18,1% acima de 10 anos e apenas 4% têm prazo menor do que 1 ano.
Dezembro
Em dezembro, foram feitas 180.170 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, no total de R$ 1,1 bilhão. Segundo o órgão, 81,9% das operações foram investimentos em valores de até R$ 5 mil, sendo 56,8% do total de até R$ 1 mil. Houve resgate líquido de R$ 42,22 milhões no mês.
No mês passado, os títulos mais demandados pelos investidores (42,6%) foram os indexados à taxa Selic, seguido por títulos indexados ao IPCA (36,9%) e prefixados (20,5%).
A maioria dos investimentos de dezembro foi em papéis com vencimento de 5 a 10 anos (77,4%), seguido de prazo acima de 10 anos (18,9%) e de 1 a 5 anos (3,7%).