Umas das 17 vacinas testadas em seres humanos para encontrar uma imunização contra o novo coronavírus, faz parte de um acordo de colaboração global entre a Pfizer e a alemã BioNTech. Atualmente as empresas realizam dois estudos clínicos de fase 1/fase 2 para a potencial vacina BNT162, com o objetivo determinar a segurança, a imunogenicidade e a dose ideal de quatro candidatas à vacina de mRNA (RNA mensageiro) avaliadas em um único estudo contínuo.
Esta é a quarta vacina contra a Covid-19 em estágio inicial com resultados promissores em testes em humanos, juntamente com os projetos da Moderna, da CanSino Biologics e da Inovio Pharmaceuticals. Há, ainda, a vacina da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, chegando à fase 3 de pesquisas e em testes no Brasil.
Segundo a Pfizer, o desenho do estudo permite a avaliação de várias vacinas experimentais simultaneamente, a fim de identificar a candidata mais segura e potencialmente mais eficaz em um número maior de voluntários, de forma a facilitar a apresentação dos dados para as autoridades regulatórias em tempo real. Cada uma das quatro vacinas experimentais do programa de desenvolvimento representa uma combinação diferente de formato de mRNA (RNA mensageiro) e antígeno-alvo.
Os testes de duas dosagens da vacina “BNT162b1” em 24 voluntários saudáveis mostraram que, após 28 dias, os pacientes desenvolveram níveis mais altos de anticorpos para Covid-19 do que os normalmente observados em pessoas infectadas.
A mais alta entre as duas doses – ambas administradas em duas injeções com diferença de três semanas – foi seguida por uma febre curta em três dos quatro participantes após a segunda aplicação.
Uma terceira dosagem, testada em uma concentração mais alta em um grupo separado, não foi repetida devido à dor da injeção. Os resultados foram apresentados em um pré-print, publicação ainda não revisada por outros cientistas e por revistas científicas.
Ainda segundo a Pfizer, diferentemente das vacinas convencionais que levam meses para se desenvolver e são produzidas por meio do crescimento de formas inativadas ou atenuadas do vírus, as vacinas de mRNA (RNA mensageiro) podem ser fabricadas de forma sintética rapidamente usando a informação do código genético do vírus.
A empresa espera que em breve, após a conclusão dos estudos em fase 1 e fase 2, possa avançar para estudos expandidos, que permitam o uso emergencial da vacina ou a aprovação acelerada já nos meses de outubro e novembro.