Variedades

The Horrors volta a São Paulo para fazer justiça aos elogios

De um som psicodélico para algo dançante. O grupo britânico The Horrors se especializou em estar em constante mutação. O impacto de ouvir na sequência Strange House, de 2007, e Luminous, o quarto e mais recente trabalho do quinteto de Southend-on-Sea, na Inglaterra, é similar a uma pancada na cabeça. O primeiro era primitivo, ruidoso, cheio de guitarras barulhentas e um espírito punk. Já o último disco, nas prateleiras desde maio do ano passado, explora uma psicodelia menos lisérgica do que aquela que é criada pelas bandas atualmente.

Faris Badwan, vocalista e líder do grupo, sabe muito bem o que está fazendo. Ele dá vazão a sua criatividade em canções, ilustrações e pinturas. E, por mais que as duas artes não se pareçam relacionadas, muito da raiva punk ou serenidade dançante cantadas ao longo dos quatro discos da carreira poderia estar em galerias.

Luminous seria como uma pintura cheia de cores marcantes em meio à escuridão. Roxo e azul clareando o negrume e trazendo vida à discografia do grupo que, até o terceiro álbum, Skying, era praticamente monocromática. “Tentamos criar canções um pouco mais dançantes de alguma forma. E, ainda assim, que elas tivessem a intensidade necessária para o palco”, explica Faris, ao telefone. “Tocar ao vivo ainda é o principal motivo para se ter uma banda, entende?”

O quinteto passou pelo Brasil em 2012. Na época, vinham como queridinhos da crítica inglesa, com o já citado Skying, mas a apresentação não fez jus à intensidade sonora do álbum: um show a céu aberto, marcado para acontecer antes da performance explosiva do Franz Ferdinand, Eles voltam nesta terça-feira, 5, à cidade com uma missão um pouco mais tranquila.

O grupo integra mais uma versão do festival Popload Gig, ao lado dos goianos Boogarins. As performances seriam realizadas no Beco, casa de shows localizada na Rua Augusta, em São Paulo, mas o local foi trocado nos últimos instantes para o Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade), a partir das 21h. Os ingressos custam R$ 140. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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