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Thiago Pereira avança em duas finais e mantém sonho de recorde no Pan

Mesmo depois de abrir mão de nadar os 100 metros costas e os 100 metros borboleta e de ser desclassificado dos 400m medley, Thiago Pereira vai chegar à última noite da natação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto podendo chegar à sua 22ª medalha para se tornar o maior medalhista da história da competição. Afinal, ele avançou a duas finais neste sábado.

Primeiro, Thiago nadou os 200m medley, prova na qual ganhou bronze no último Campeonato Mundial. Venceu sua bateria, com 2min01s68, mas, sem forçar, fez apenas o quinto melhor tempo. Ele divide o favoritismo ao ouro com outro brasileiro: Henrique Rodrigues, único a nadar abaixo da casa de dois minutos: 1min59s91.

Diferente de todas as outras provas de revezamento do Pan, o número de inscritos no 4x100m medley superava o de vagas na final. Uma equipe seria eliminada. Desta vez ninguém errou e o time formado por Marcelo Chierighini, Felipe Lima, Arthur Mendes Filho e Thiago Pereira passou com o terceiro tempo, 03min42s83.

À noite, Thiago, que nadou costas, pode ser deslocado para o borboleta, na vaga de Arthur, com Guilherme Guido nadando costas. Felipe França deve ser o responsável pelo nado peito, enquanto Marcelo Chierighini e Mateus Santana disputam a vaga no estilo crawl.

No total, o Brasil vai disputar oito medalhas neste sábado, quando poderá bater seu recorde histórico da natação do Pan. No Rio (2007) e em Guadalajara (2011), foi ao pódio 24 vezes nas piscinas. Por enquanto, em Toronto, está com 21 medalhas, sendo oito de ouro. Com mais três, também se isola como melhor desempenho da história.

Nos 200m medley para mulheres, Joanna Maranhão avançou à final com o tempo de 2min15s32. Bronze em Guadalajara, a pernambucana vai em busca da sua quarta medalha apenas em Toronto. Veterana da natação brasileira, aos 28 anos, Joanna vai nadar ao lado da caçula Gabi Roncatto, de 16 anos, que avançou com o oitavo melhor tempo.

No revezamento feminino, os EUA escalaram uma equipe digna de Campeonato Mundial. Natalie Coughlin abriu batendo o recorde do Pan dos 100m costas, 59s20, superando os 59s61 que deram o ouro na prova a Etiene Medeiros, sexta à noite. Fizeram 3min57s35, novo recorde da competição. O Brasil passou em terceiro.

Nas provas de fundo, pela manhã foram realizadas as séries “fracas” (com os atletas com os piores tempos de revezamento) e à noite acontecerão as baterias “fortes”. Bruna Primatti, de 18 anos, foi a mais rápida desta primeira etapa dos 800m, com 8min40s75. À noite, nada Carolina Bilich.

Entre os homens, os brasileiros vão nadar somente na sessão noturna dos 1.500m, com Brandonn Pierry Almeida (ouro nos 400m medley) e Lucas Kanieski, que decepcionou e não foi à final dos 400m livre. Brandonn, de apenas 18 anos, tem o terceiro melhor tempo de balizamento.

Vale lembrar que, no Pan, não são disputadas as provas não-olímpicas da natação. Isso inclui não apenas as provas de 50 metros nos estilos borboleta, costas e peito, mas também os 800m masculino e os 1.500m feminino.

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