Os termos da aprovação da venda da Oi Móvel em julgamento desta quarta-feira, 9, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foram considerados positivos pela TIM.
A operadora publicou uma nota afirmando que "a decisão de aprovação preserva o interesse do negócio e da sociedade", bem como garante "a manutenção do ecossistema de competição e investimentos necessários para o desenvolvimento" do setor, segundo palavras atribuídas ao CEO, Alberto Griselli.
A declaração indica que a compra da rede móvel da Oi permaneceu atraente, em termos financeiros, a despeito do aumento das condicionantes definidas pelo Cade nas últimas reuniões.
Griselli disse ainda, em nota, que a TIM está preparada para assumir a maior parte dos ativos móveis da Oi, em caráter definitivo, após mais de um ano de espera para o julgamento pelo órgão antitruste.
A venda da Oi Móvel ocorreu por meio de leilão realizado em dezembro de 2020, quando TIM, Vivo e Claro saíram vencedoras com um lance de R$ 16,5 bilhões.
Caberá à TIM o maior desembolso pela compra da Oi Móvel. Ela pagará R$ 7,3 bilhões (44% do total). Além da maior parte dos clientes, a TIM é a empresa que receberá a maior parte das radiofrequências da Oi Móvel.
"A retomada de eficiência e produtividade desses ativos móveis, combinada com a chegada da tecnologia 5G, vai permitir a aceleração tecnológica de um setor estratégico para a economia, com efeitos benéficos pelas próximas décadas", completou Griselli.
Sem citar nomes, o comunicado referiu-se ainda ao fato de que o dinheiro da venda das redes móveis ajudará a Oi a investir na expansão das suas redes de fibra ótica – a maior do tipo no Brasil.
"A solução encontrada pelas autoridades traz um ganho adicional de alta relevância, ao permitir que progrida a instalação de uma rede neutra nacional de fibra, infraestrutura decisiva para o desenvolvimento do setor e do país", descreve a nota.