Estadão

TIM: lucro líquido fica estável no 3º trimestre, em R$ 473 milhões

A TIM Brasil fechou o terceiro trimestre de 2022 com lucro líquido normalizado de R$ 473 milhões, montante estável na comparação com o mesmo intervalo de 2021, conforme balanço publicado nesta segunda-feira, 7.

A operadora teve uma ampliação forte do seu faturamento após a incorporação de clientes oriundos da rede móvel da Oi, cuja aquisição foi concluída no primeiro semestre; além da melhora da base já existente.

Entretanto, o aumento das despesas financeiras e o impacto contábil da linha de depreciação de ativos freou a expansão do resultado líquido.

O critério normalizado exclui itens considerados não recorrentes, como ajuste de preço da venda de controle sobre a I-Systems, despesas com serviços jurídicos e administrativos especializado, entre outros.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado cresceu 24,5% na comparação entre os mesmos períodos, chegando a R$ 2,697 bilhões. A margem Ebitda ficou estável em 48,1%.

A receita líquida aumentou 24,4%, indo a R$ 5,611 bilhões.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) líquido ficou negativo em R$ 402 milhões, uma piora de 90,4%.

A operadora explicou que essa piora no resultado financeiro se deve a um conjunto de fatores, entre eles: o maior volume de juros sobre a dívida como reflexo da alta da Selic; maior volume de juros sobre arrendamentos em função dos contratos de aluguel dos 7,2 mil sites recebidos da Oi Móvel; e menor impacto da marcação a mercado do bônus de subscrição do capital do banco C6.

A linha de depreciação e amortização ficou negativa em R$ 1,880 bilhão, deterioração de 33,9%. Esta linha foi impactada, principalmente, pela incorporação dos ativos da Oi, entre eles antenas (<i>sites</i>).

Por outro lado, a companhia registrou um ganho de R$ 75 milhões na linha de imposto de renda (ante uma despesa de R$ 78 milhões um ano antes) graças ao uso de créditos fiscais e efeitos da distribuição de juros sobre o capital próprio.

Os custos normalizados da operação da TIM aumentaram 25,%, totalizando R$ 2,714 bilhões. A companhia afirmou que ainda sente os efeitos da inflação, bem como os custos adicionais relativos a transação de compra da Oi Móvel.

O fluxo de caixa operacional livre da TIM foi de R$ 2,426 bilhões, melhora de 36,1% na mesma base de comparação anual.

Os investimentos (capex) da tele somaram R$ 978 milhões, alta de 9%. A maior parte dos aportes foram nas redes, seguidos por TI e outros. O aumento nos desembolsos já eram esperados pela operadora devido aos custos de integração dos ativos móveis da Oi, bem como os da implementação do 5G.

A TIM chegou ao fim do terceiro trimestre com dívida líquida de R$ 14,516 bilhões, o que representa uma baixa de 8,6% perante o segundo trimestre. Nesse período, a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e o Ebitda normalizado) passou de 0,5x para 0,3x.

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