Tite e o auxiliar técnico César Sampaio pediram ingressos mais baratos para os jogos da seleção brasileira nestas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022. Ambos reconheceram que o valor está acima do "bom senso", principalmente em razão da situação econômica atual do País.
Ao ser questionado sobre o assunto na entrevista coletiva que precede o jogo contra a Argentina, fora de casa, Tite se esquivou do tema. E César Sampaio respondeu: "Eu entendo perfeitamente (a cobrança por ingressos mais baratos). São decisões que não cabem a nós (da comissão técnica), fazemos a gestão da equipe. Quanto ao preço, nós não administramos o evento num todo, é difícil opinar."
O auxiliar, contudo, não se furtou a opinar. "Eu torço, sim, para que possa haver um bom senso. Quanto mais pessoas de uma condição econômica mais necessitada tiverem acesso a um jogo como esse, eu fico feliz. A gente é brasileiro, gostaríamos que todas as classes estivessem representadas num jogo como esse", comentou.
Tite seguiu o auxiliar técnico na resposta. "Eu também! Ingresso mais baixo lota o estádio! Tem essa possibilidade, democraticamente todos os públicos, em diversos locais. Sim, eu gostaria muito", reforçou.
As críticas quanto ao preço dos bilhetes surgiram na quinta-feira, no jogo entre Brasil e Colômbia, na Neo Química Arena. O setor mais barato do estádio do Corinthians tinha entradas a R$ 300. Como consequência, apenas 22 mil pessoas estiveram numa arena que comporta pouco mais de 47 mil.
Nesta terça-feira, o adversário será a Argentina, fora de casa. Será a despedida do Brasil na temporada. Mas, em 2022, a seleção fará mais dois jogos em casa pelas Eliminatórias da Copa do Catar. No mês de fevereiro, o adversário será o Paraguai, no Mineirão, em Belo Horizonte. Em março, enfrentará o Chile, na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela penúltima rodada das Eliminatórias.