Estadão

Têm de interpretar a economia como a maioria está enxergando, diz Marinho, sobre juros

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ao falar hoje sobre o impacto da atual taxa nominal de juro, disse que pediria ao Banco Central a sensibilidade de olharem para a economia como a maioria das pessoas olham. "Têm de interpretar a economia como a maioria está enxergando a economia", emendou o ministro.

E acrescentou: "Portanto, há a necessidade do início de um processo de queda da Selic. Não justifica o Brasil ter o juro mais alto do mundo. É verdade que o juro está alto no mundo inteiro, mas o do Brasil é o mais alto do mundo. Isso não se justifica dentro do cenário da nossa economia. Portanto, a gente pede aos colegas do BC, aos colegas do Copom que inicie esse processo, colaborando pra gente acelerar a retomada dos investimentos na economia."

Marinho disse que percebe um processo de retomada da economia, mas que percebe também que a inflação está sob controle. Para ele, controlar os preços também se faz pro meio do estímulo à retomada da economia para controlar a inflação por meio da oferta.

"Precisamos que o controle da inflação seja feito de uma maneira saudável. Não adianta o remédio ser muito forte porque ele vai prejudicar a recuperação do paciente", disse Luiz Marinho, acrescentando que um remédio muito amargo prejudica a população.

De acordo com o ministro, "qualquer comerciante com quem conversamos diz que o juro alto atrapalha a economia".

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