Em meio à pandemia do novo coronavírus, todas as oito atividades do varejo registraram perdas na passagem de março para abril, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As perdas alcançaram dois dígitos: Tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-29,5%), Móveis e eletrodomésticos (-20,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-17,0%), Combustíveis e lubrificantes (-15,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-11,8%).
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas recuou 17,5% em abril ante março. O setor de Veículos, motos, partes e peças encolheu 36,2%, enquanto Material de construção teve redução de 1,8%.
Segundo Cristiano Santos, analista da pesquisa do IBGE, a queda no volume vendido foi recorde em abril ante março em sete atividades. As exceções foram os segmentos de móveis e eletrodomésticos, veículos e material de construção.
"Sendo que as outras que não tiveram (recorde de queda em abril) é porque o ponto mais negativo foi o anterior, o de março", ressaltou Santos.