Estadão

Torcedores do Valladolid pagarão R$ 22 mil de multa por atos racistas a Vini Jr.

Os torcedores do Valladolid que praticaram insultos racistas contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior, durante a vitória do Real Madrid por 2 a 0, no dia 30 de dezembro, serão alvos de punições. A Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Esporte da Espanha, anunciou, nesta segunda, a aplicação destas medidas.

O Conselho Superior de Esportes divulgou que a polícia está recolhendo dados para estabelecer punições que terão, por sua gravidade, a associação de multas de quatro mil euros (R$ 22,2 mil) e a proibição de acessos a estabelecimentos esportivos por um período de um ano para cada um dos torcedores identificados nesta operação.

O jogo em que o ex-atleta do Flamengo acabou sendo vítima de insultos racistas foi válido pela 15ª rodada do Campeonato Espanhol. Em protesto, ele fez um desabafo por meio das redes sociais e cobrou uma atitude por parte dos dirigentes que comandam a competição. Em resposta, Javier Tebas, presidente da Liga, rebateu o atleta ao dizer que a entidade sempre se preocupou em combater o racismo.

Presidente do Valladolid, Ronaldo Fenômeno entrou no circuito e direcionou seu comentário a condenar a postura da torcida. A repercussão do caso, no entanto, foi favorável ao atleta brasileiro. Vários jogadores, treinadores e ainda ex-atletas e dirigentes divulgaram mensagens de solidariedade nas redes sociais.

BONECO ENFORCADO SEGUE ALVO DE INVESTIGAÇÃO
Um boneco pendurado pelo pescoço com a camisa de Vinícius Júnior em uma ponte da cidade de Madrid também está na mira da comissão que está à frente desses casos. A ação está ligada a torcedores do Atlético de Madrid.

No local, próximo ao boneco, ainda tinha uma faixa com a inscrição: "Madrid odeia o Real". Na semana passada, Real Madrid e Atlético de Madrid se enfrentaram pelas quartas de final da Copa do Rei e o time merengue acabou eliminando o rival. Nos 3 a 1, Vinícius Júnior acabou deixando a sua marca de goleador nas redes adversárias.

Também nesse caso, a polícia já abriu os trabalhos para identificar os autores da ação racista. "Está sendo trabalha a visualização das câmeras de vigilância do trânsito na região e também imagens publicadas nas redes sociais para punir os autores", diz comunicado do Conselho Superior de Esportes.

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