O número total de desempregados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) avançou 23,8% entre 2014 e 2015, de 1,182 milhão para 1,463 milhão de pessoas, conforme divulgação realizada nesta quarta-feira, 27, pela Fundação Seade. No período, a taxa média de desemprego subiu de 10,8% para 13,2%.
A deterioração do mercado de trabalho no ano passado é resultado da queda de 1,4% no nível de ocupação, com a eliminação de 137 mil postos de trabalho e o aumento de 1,3% da População Economicamente Ativa (PEA), aumento de 144 mil pessoas procurando ocupação, resultando no aumento do número de desempregados da região em 281 mil.
No detalhamento por setores, o nível de ocupação recuou 1,4% em 2015 ante 2014, em decorrência do corte de 71 mil postos de trabalho (-4,4%), sendo que apenas o segmento da metal-mecânica cortou 70 mil vagas (-10,6%). O setor da Construção também eliminou vagas no ano passado, 59 mil (-8,0%), assim como os Serviços, com 31 mil vagas a menos (-0,6%).
No período, apenas o Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas contribuiu para a diminuição do desemprego, com a geração de 35 mil postos de trabalho (+2,1%).
Dezembro
Na comparação com dezembro de 2014, o nível de ocupação caiu 1,7% na comparação com o mesmo mês de 2014, em decorrência da eliminação de 85 mil postos na Indústria de Transformação (-5,3%), corte de 75 mil vagas nos Serviços (-1,3%) e de 41 mil na Construção (-5,6%). Apenas o Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas gerou vagas no ano passado, com 48 mil no total (+2,8%).
Rendimento médio
O rendimento médio real dos ocupados na RMSP subiu 1,2% em novembro ante outubro, para R$ 1.919,00, mostrou Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada pela Fundação Seade. A renda média real dos assalariados, cresceu 2,2% no período, para R$ 1.964,00. Em consequência, a massa de rendimentos dos ocupados teve alta de 1,5%, enquanto a dos assalariados avançou 1,7%.
Na comparação com novembro de 2014, no entanto, houve quedas dos rendimentos médios reais dos ocupados e dos assalariados, de 9,3% e 7,5%, respectivamente. Com isso, as massas de rendimentos de ambos também recuaram: 11,6% e 11,7%, nesta ordem, sendo que o encolhimento do rendimento médio pesou mais para o movimento do que a redução do nível de ocupação, destaca a Fundação Seade.