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Toto Wolff explica bronca em Hamilton após reclamações: Precisava acalmar as coisas

Toto Wolff, chefe da Mercedes, disse que sua reação impaciente às reclamações de Lewis Hamilton durante o GP da Áustria, em Spielberg, foi necessária para "acalmar as coisas". O britânico queixou-se insistentemente sobre a falta de punição a outros pilotos que estavam excedendo o limite da pista, motivo pelo qual ele foi punido, e sobre a dificuldade em manter seu carro dentro das linhas. "O carro está ruim, nós sabemos. Apenas pilote, por favor", disse Wolff ao tomar o rádio da equipe em mãos.

"Houve muitas discussões sobre os limites da pista e se eles foram aplicados ou não, mas eu queria apenas ter certeza de que estávamos fazendo o melhor com um pacote que não funcionou", disse o dirigente ao fim da corrida, antes de explicar o impulso de se comunicar com Hamilton durante a prova. "Foi apenas para o melhor interesse dos pilotos e da equipe. Às vezes, como se diz, há um certo momento em que você precisa acalmar as coisas".

Wolff tratou o episódio com naturalidade e disse que não haverá nenhum impacto em relação às negociações para a renovação de contrato do piloto britânico. O atual vínculo termina no final deste ano. "Não é uma discussão sobre dinheiro. É sobre o futuro, sobre o que queremos fazer certo e otimizar, não estamos mais falando sobre duração ou dinheiro, são outros tópicos", afirmou.

Por exceder os limites da pista, Hamilton sofreu uma punição de dez segundos após revisão dos delegados e caiu de sétimo para oitavo lugar. Ele já havia sido punido com cinco segundos durante a corrida, por ter colocado sua Mercedes fora do traçado por diversas vezes.

A questão dos limites foi a grande polêmica do fim de semana e a maioria dos pilotos reclamou da regra. Carlos Sainz, Yuki Tsunoda, Alexander Albon, Pierre Gasly, Nyck de Vries, Esteban Ocon, Logan Sargeant e Kevin Magnussen também receberam punições após a revisão feita pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em razão de um protesto protocolado pela Aston Martin.

A entidade informou que teve de avaliar 1.200 possíveis infrações para confirmar 12 transgressões e aplicar as sanções. Ao comunicar a decisão, também disse ter concluído que as curvas nove e 10 do circuito austríaco não possuem estruturas adequadas.

"Surgiu uma situação sem precedentes que resultou em todas as possíveis infrações não podendo ser revisadas durante a corrida", comunicou a FIA. "Para resolver o problema em eventos futuros, renovaremos nossa recomendação ao circuito de adicionar uma área de escape de cascalho na saída das curvas nove e 10."

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