Pelo menos 1.400 trabalhadores da Cummins paralisaram os trabalhos na manhã de ontem. O movimento grevista começou no período da manhã mobilizando pelo menos 700 trabalhadores. À tarde, o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região se reuniu com o restante dos funcionários da empresa que decidiram pela continuidade da greve. Na próxima quinta-feira deve acontecer reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), marcada para às 13h30.
Os metalúrgicos da Cummins cruzaram os braços em resposta dos trabalhadores ao corte de R$ 1.115,00 que a empresa promoveu na PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) dos seus funcionários.
De acordo com Jonisaldo José de Barros, o Cabeça, vice-presidente do Sindicato, a greve deve durar por tempo indeterminado. "Os funcionários não voltarão aos trabalhos até que a diretoria acene com uma proposta. Após assembleia da categoria, iremos decidir se aceitamos ou não os termos da empresa". Comentou.
"A mudança na regra da PLR gerou muita inquietação e revolta entre os trabalhadores. Na manhã de hoje (6), fizemos assembleia na porta da fábrica e os trabalhadores decidiram parar a produção", afirma Jonisaldo José de Barros, vice-presidente do Sindicato.
Em nota enviada à redação, a Cummins Brasil informou que até o ano de 2006, os PPRL´s acordados com o Sindicato previam o pagamento de parcela fixa, e não contemplavam nenhuma meta referente ao número de motores produzidos.
Segundo a empresa, em 2007, o acordo celebrado com o Sindicato eliminou a parcela fixa e incorporou a meta do número de motores produzidos com pagamento condicionado ao resultado operacional atingido pela empresa. Da mesma forma, as demais metas seguiram vinculadas ao cumprimento do respectivo resultado.
Desde então, segundo a empresa, os acordos de PPRL celebrados com o Sindicato (incluindo 2012) possuem o mesmo conceito de metas que devem ser atingidas para resultar em pagamento. De 2007 a 2011, a meta do número de motores produzidos foi atingida em todos os semestres e foi sempre paga como previsto nos acordos.