Manifestantes ao redor do mundo se reúnem neste domingo para os tradicionais comícios de 1º de maio – Dia Internacional do Trabalho – pedindo por melhores condições de emprego e salários. Na França, os protestos assumem maior peso neste ano em meio a uma luta da população contra uma reforma trabalhista considerada como muito favorável para as empresas, a poucos dias de um debate sobre o tema no Parlamento.
Temendo tais mudanças – que incluem aumento das horas trabalhadas e mais flexibilidade às empresas para contratar e demitir os trabalhadores, em uma tentativa de superar o desemprego que beira os 10% – sindicatos, estudantes e trabalhadores marcharam pelas ruas de Paris e outras cidades francesas neste domingo.
O projeto de lei já provocou os protestos trabalhistas mais violentos em uma década, com alguns pequenos grupo de jovens quebrando vitrines, o que levou a polícia a usar gás lacrimogêneo.
Na Rússia, milhares de pessoas marcharam pela Praça Vermelha de Moscou em um comício pró-Kremlin. Como é típico nos comícios organizados pelo partido governista Rússia Unida, a reunião do dia 1º de Maio evitou criticar o presidente Vladimir Putin ou seu governo pela queda nos padrões de vida. Os slogans foram focados em salários e empregos para jovens profissionais.
Na Turquia, a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar dezenas que protestavam em Istambul.
Cerca de 2 mil manifestantes de esquerda em Manila, nas Filipinas, entraram em confronto com policiais da tropa de choque e 20 ficaram feridos. As manifestações foram realizadas em todo o país no último final de semana antes da eleição presidencial no dia 9 de maio. Alguns dos candidatos se comprometeram a resolver reclamações trabalhistas.
Já em Taipei, capital de Taiwan, trabalhadores foram às ruas para pedir ao governo que reduza as horas de trabalho e aumente os salários.
Muitos entre o público de Taiwan têm se preocupado que o impulso do presidente Ma Ying-jeou para um estreitamento dos laços econômicos com a China beneficiou apenas alguns. Os jovens têm visto seus salários e bons empregos estagnarem.