Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), afirmou nesta quinta-feira que trabalha juntamente com as demais confederações na tentativa de "poder garantir" a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 na data prevista de 25 de agosto a 6 de setembro, apesar da pandemia do novo coronavírus, denominado Covid-19.
"É verdade que a humanidade enfrenta um desafio único e que são tempos sem precedentes e incertos que tornam esse momento algo muito maior que o esporte, mas devemos estar unidos e tomar todas as medidas possíveis para preservar a saúde e, quais mais importante, proteger a vida", disse o dirigente brasileiro, em um comunicado oficial.
"A saúde e o bem-estar dos atletas paralímpicos continuam sendo nossa principal prioridade e se isso significa cancelar eventos esportivos nas próximas semanas, como parte de uma estratégia global de contenção para o coronavírus, me parece correto", prosseguiu.
O presidente do IPC afirmou que há quase sete anos tem sonhado "com o que pode ser alcançado nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio" e disse que "todo mundo trabalhou duro para fazer estes Jogos os mais emocionantes da história". "Quase tudo está pronto para o que será uma competição realmente espetacular. A 159 dias da abertura, os preparativos continuam em bom ritmo e estamos fazendo todo possível para garantir que os Jogos Paraolímpicos sejam disputados conforme o planejado em 25 de agosto", comentou.
"Estamos conscientes da situação atual e de seu sério impacto sobre todo mundo, mas por enquanto o tempo está do nosso lado para que se determine se medidas mais drásticas precisam ser tomadas ou não. Continuamos mantendo um diálogo próximo e regular com a Organização Mundial da Saúde, COI, Comitê Organizador de Tóquio-2020 e nossos próprios especialistas em saúde", afirmou Parsons.
O dirigente acredita que o cancelamento de eventos nestes meses leva a incerteza para os atletas que buscam classificação para os Jogos. "Posso garantir que a equipe do IPC está trabalhando 24 horas
para tentar encontrar soluções para cada cenário que nós enfrentamos. Também entendemos que os atletas não podem treinar normalmente e estão procurando soluções em casa", disse o presidente do IPC.
"Pedimos paciência e incentivamos todos a manter o foco. Os Jogos de Tóquio vão transformar o Japão e espero que eles transformem o mundo. No movimento paralímpico, desafios e obstáculos no nosso caminho são comuns e de uma forma ou de outra, vamos encontrar uma solução", completou.