O tráfego aéreo e a movimentação de passageiros deve aumentar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, com a transferência de pelo menos 17 voos da TAM/Pantanal do Aeroporto de Congonhas para Guarulhos, realizada a partir desta segunda-feira.
Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o aumento do número de passageiros será pequeno, pois houve adequação da malha aérea da TAM e a interrupção das operações de outras empresas no aeroporto, que atualmente atende aproximadamente 68 mil passageiros por mês, com cerca de 650 operações de pousos e decolagens.
Além disso, a Infraero informou que não haverá mudanças no Aeroporto, já que a empresa aérea Pantanal Linhas Aéreas vai utilizar a infraestrutura da empresa aérea TAM no aeroporto.
A transferência dos voos se deu por motivos estratégicos e operacionais, conforme informou a TAM, e pode afetar 24 mil pessoas por ano. Esse número representa o total de lugares nos voos alterados, o que desagradou empresários – que terão de descer em Guarulhos e se deslocar de carro ou ônibus para chegar à Capital. A empresa afirma que será disponibilizado o transporte de ônibus entre os dois aeroportos como cortesia aos passageiros.
Serão transferidos para Guarulhos os voos do interior de São Paulo, como de Araçatuba, Marília e Presidente Prudente, além de Maringá (PR) e Juiz de Fora, em Minas Gerais. A empresa irá manter um voo para Bauru (SP) por Congonhas e transferir os outros três atualmente em operação para Cumbica, em Guarulhos.
Transtornos – A costureira Patrícia Barcelos, 33 anos, conta que com a transferência dos voos deve causar mais transtornos aos moradores dos arredores do aeroporto. "Convivemos com o barulho dos aviões. Chega a tremer as janelas de casa. Se será aumentado o número de voos, o transtorno será maior", disse ela, que ainda afirma: "Durante a madrugada o barulho é ainda maior".
Outra moradora, a dona de casa Zenaide Santos Costa, 38, concorda com Patrícia e diz "com aumento de voos será pior para nós, principalmente para as crianças dormirem". Em contrapartida, para a costureira Edite Dourado Vasconcelos, 48, o acréscimo de voos é indiferente. "Já estou acostumado com o barulho, não vai fazer tanta diferença".