Representantes de transportadoras de Guarulhos estiveram reunidos com técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em São Paulo, na manhã de ontem. No encontro, os empresários apresentaram uma proposta de flexibilização na restrição do tráfego de caminhões na Marginal Tietê e outras importantes vias da capital. Atualmente, segundo o Denatran, Guarulhos conta com uma frota de 19.952 caminhões.
Segundo o projeto, a CET faria um cadastramento dos caminhões e das empresas localizadas no município, liberando assim a circulação na pista expressa da Marginal Tietê, no trecho compreendido entre as pontes Anhanguera e o acesso à Via Dutra, bem como no sentido oposto. A proposta é que esse trecho funcione como um corredor de acesso entre Guarulhos e o Rodoanel Oeste, viabilizando as operações de coletas e entregas de cargas fracionadas, consolidadas, expressas, aduaneiras, dentre outras, originadas ou destinadas a Capital e Região Metropolitana.
Essa medida é apontada pelos empresários como uma alternativa para evitar a evasão de transportadoras instaladas no município.
Caminhões levam 3 horas para percorrer apenas 34 km
De acordo com o cálculo apresentado pelo setor, um caminhão que partia da Via Anhanguera em direção à ponte de Cumbica, rodava 34 quilômetros pela Marginal Tietê e Via Dutra, e gastava 45 minutos para chegar ao destino. Após a restrição, o percurso aumentou para 140 km, com duração de cerca de três horas.
Desde o dia 5 de março, a CET proibiu a circulação de caminhões de segunda à sexta-feira, das 5h às 9h e das 17h às 22h e, aos sábados, das 10h às 14h, na marginal. No início do mês, uma manifestação contra a medida prejudicou o abastecimento de combustível em várias cidades da RMSP.
Além da Marginal Tietê, entre as pontes Aricanduva e rodovia dos Bandeirantes, a proibição vale para as avenidas Salim Farah Maluf, Professor Luis Ignácio de Anhaia Melo, Tancredo Neves, Presidente Wilson, avenida do Estado, Paes de Barros, Ermano Marchetti, Marquês de São Vicente e rua das Juntas Provisórias.