Transporte aéreo de carga mantém retomada, mas perde fôlego em outubro, diz Iata

O transporte de carga via modal aéreo, medido em toneladas por quilômetro transportadas (CTK) apresentou queda de 6,2% em outubro deste ano na comparação com igual período de 2019, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). O resultado representa uma melhora na comparação com a queda de 7,8% registrada em setembro, na comparação anual.

Já a capacidade (medida por capacidade disponível por quilômetro) recuou 22,6% em outubro na comparação anual (24,8% de queda nas operações internacionais), quase quatro vezes maior do que a contração na demanda.

A associação ponderou que a retomada perdeu fôlego na comparação com os ganhos de setembro. "A demanda por carga aérea está voltando – uma tendência que vemos continuar no quarto trimestre. O maior problema da carga aérea é a falta de capacidade, pois grande parte da frota de passageiros permanece parada", disse Alexandre de Juniac, Diretor Geral e CEO da Iata.

Juniac destacou que o final do ano será desafiador, com uma vez que o período tem forte demanda, sobretudo do e-commerce – 80% das entregas do setor são feitas via modal aéreo. "A redução da capacidade será particularmente forte nos últimos meses de 2020. E a situação se tornará ainda mais crítica à medida que buscamos capacidade para as entregas de vacinas", disse.

Na divisão regional, a demanda mostrou sinais de retomada na América do Norte (+6,2%) e África (+2,2%).

Na América Latina, entretanto, a demanda ainda fechou o mês com queda de 13%, enquanto a oferta recuou em 32,2%, segundo dados da associação. No segmento internacional, a região apresentou queda de 12,5% no volume de cargas no mês, "um melhora significativa contra a queda de 22,2% registrada em setembro (na comparação anual)", disse a associação. A melhora, entretanto, veio também diante da base fraca de comparação.

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