Estudos epidemiológicos apontam para uma prevalência em torno de 1 e 2 % da população mundial sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). No Brasil, são quatro milhões de portadores e, de acordo com a Organização de Saúde, o TOC está entre as 10 maiores causas de incapacitação.
A distribuição do TOC varia de acordo com a faixa etária e sexo, pois há dois picos distintos: um na infância, com predomínio do sexo masculino; e outro na adolescência, com incidência maior no sexo feminino. Isso iguala a prevalência na idade adulta.
Geralmente, os sintomas podem ser identificados pelo que popularmente se chamam de "manias", que são comportamentos repetitivos como mania excessiva por limpeza, lava as mãos constantemente, verifica se a porta está fechada muitas vezes antes de sair ou evita alguns lugares que são comuns.
"Frequentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas ideias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro tratável, sendo que se estima que entrem o início dos sintomas e o diagnóstico correto e tratamento possam levar uma década", explica o pesquisador do Protoc – Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Fernando Sauerbronn Gouveia.
