Cidades

Trata Brasil considera satisfatório ritmo das obras de esgoto do PAC na cidade

No ano passado, apenas 4% das obras do programa de saneamento foram concluídas

Apesar dos atrasos para a entrega das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), Instituto Trata Brasil considera satisfatório o ritmo das obras de esgoto realizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no município.

A ETE São João está em funcionamento desde setembro de 2010 e é responsável pelo tratamento de 15% do esgoto da cidade. Já a ETE Bonsucesso, que chegou a ser prometida para o fim do ano passado, tem data de entrega prevista para julho, para tratar mais 20% do esgoto.

Segundo o presidente executivo do Instituto, Édison Carlos, a cidade ocupa boa posição no ranking que aponta lentidão nas obras dos maiores municípios do Brasil. O Instituto apurou que apenas 4% das obras de esgoto com recursos do PAC foram concluídas em 2010 no País. "Se compararmos com João Pessoa, capital da Paraíba, na qual cinco das oito obras estão paradas, Guarulhos está bem à frente", diz.

3ª ETE – Já com financiamento do PAC-2, a diretora do Departamento de Obras do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Maria Fernanda Correia de Oliveira, estima que ainda no início do próximo semestre comecem as obras da terceira estação da cidade, a ETE Várzeas do Palácio, que deve tratar outros 20% do esgoto da cidade.

Serão R$ 133 milhões de investimentos, que também irão para um lote de coletores, além da estação. "Se começarmos as obras, que já estão licitadas, ainda em agosto, até o final de 2012 a ETE deve estar pronta", afirma Maria Fernanda. As outras duas ETEs, Cabuçu e Fortaleza, ainda são projetos e aguardam novo pleito do PAC.

Saneamento ruim – Em contrapartida à posição positiva no ranking, o presidente do Trata Brasil considera muito ruim a posição da cidade no que diz respeito a saneamento básico. "A cidade poderia estar melhor, uma vez que tem papel importante para o Estado, por seu polo industrial e a presença de um grande aeroporto".

Édison Carlos também aponta com preocupação a incidência de desperdício de água no município. "51% da água coletada em Guarulhos pelo Saae se perde no caminho", afirma Carlos. Ele explica que no Brasil a média de desperdício é de 40%, ainda considerada alta, comparada aos países desenvolvidos, que apresenta 15%.

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