Estadão

Treinador reclama do calendário e diz querer a Ponte Preta cada vez maior

A Ponte Preta completou 10 jogos em apenas um mês, em uma média de uma partida a cada três dias. O 10.º compromisso colocou o time de Campinas (SP) na final do Troféu do Interior do Campeonato Paulista após vitória nos pênaltis sobre o Red Bull Bragantino. Mesmo na briga direta pelo título, o técnico Fábio Moreno criticou o calendário e a maratona de jogos.

"É o trabalho que a gente segue acreditando. Mesmo sem ter a possibilidade de treinar, a gente está em uma sequência de 10 partidas depois da parada em 30 dias. É uma partida a cada três dias, é impossível treinar. A gente usa praticamente sala, vídeos e o jogo para corrigir os problemas. Mas a gente tem que enfrentar essas dificuldades, procurar evoluir sempre para fazer uma Ponte Preta cada vez maior", lamentou ele que, no período, conseguiu só três vitórias e dois empates, além de ter perdido cinco vezes.

Mesmo diante de tais números e pressionado por parte da torcida, Fábio Moreno acredita que seu trabalho tem evoluído na Ponte Preta. São três jogos sem vitória. O último triunfo foi no dérbi contra o Guarani. Os 3 a 1 deram respiro ao treinador.

"Eu entendo que o trabalho está evoluindo. Uma sequência muito dura, de 10 jogos em 30 dias, a gente está repetindo a equipe para dar o conjunto porque eu não estou tendo tempo de treinar. Então dentro do nosso planejamento, do nosso projeto, a gente está usando os jogos inclusive para ganhar conjunto, para corrigir questões táticas e técnicas, porque ir para campo realmente não dá, você joga", completou.

O foco principal da Ponte Preta é o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, com duas vitórias na decisão por pênaltis (contra Botafogo-SP e Red Bull Bragantino), chegou à final do Troféu do Interior. O campeão terá direito a uma vaga na Copa do Brasil de 2022.

"Com relação à avaliação do meu trabalho, eu procuro me ater ao que eu estou fazendo, ao respaldo que eu tenho interno da Ponte Preta, que isso daí é inequívoco, a gente sente isso no dia a dia, principalmente dos atletas que acreditam muito no que a gente está fazendo, nos apoiam, todo o staff, toda a retaguarda da Ponte Preta que é muito importante para que a gente continue acreditando. A gente sabe que a torcida e a imprensa são mais passionais, que quando o time não vence, as cobranças vem e muitas vezes são merecidas. A gente assimila e procura trabalhar para melhorar", finalizou.

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