Estadão

Treze das 24 atividades têm altas de preços no IPP de setembro, revela IBGE

A alta de 1,11% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em setembro foi decorrente de aumentos em 13 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em setembro, as altas de preços mais acentuadas ocorreram em refino de petróleo e biocombustíveis (8,28%), indústrias extrativas (3,86%) e impressão (1,78%).

O setor de refino de petróleo e biocombustíveis foi o setor industrial de maior pressão na composição do IPP, responsável por 0,85 ponto porcentual, seguido por extrativas (0,19 ponto porcentual) e outros químicos (alta de 1,56% e impacto de 0,12 ponto porcentual).

"Assim como ocorreu no mês passado, em setembro observamos um aumento nos preços de refino, que é o segundo setor de maior peso na indústria brasileira", observou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE, em nota oficial. "O comportamento dos preços do refino está diretamente ligado à alta de preços do óleo bruto de petróleo, que vem aumentando no mundo todo por causa da recente diminuição da produção", acrescentou.

Na direção oposta, a principal queda de preços em setembro foi registrada por bebidas, -5,09%, resultando também na contribuição negativa mais acentuada, impacto de -0,13 ponto porcentual. A redução de preços na atividade de bebidas foi a mais intensa desde o início da série histórica, em 2014. Houve recuos nos três produtos de maior peso na atividade: "cervejas e chope" (55,35%), "refrigerantes" (29,87%) e "xaropes para bebidas com fins industriais" (11,74%).

"Além de um reposicionamento de preços, os custos no setor estão caindo. Logo, há margem para queda de preços", justificou Brandão.

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