Os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porta Alegre, segunda instância dos processos da Operação Lava Jato, do juiz Sérgio Moro, decidem nesta terça-feira, 7, se aumentam as penas dos executivos da Galvão Engenharia, uma das empreiteiras acusadas de corrupção e cartel na Petrobrás.
Dário de Queiroz Galvão Filho, Erton Medeiros Fonseca e Jean Alberto Luscher Castro foram condenados por Moro em dezembro de 2015.
A defesa dos empresários recorreu ao TRF. O representante de Dário de Queiroz Galvão, dono da empresa, pediu anulação da decisão de primeira instância.
No dia 25 de outubro, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF-4, votou pelo aumento da pena de Galvão Filho de 13 anos e 2 meses de prisão para 20 anos e 6 meses. Para Medeiros ele decidiu por um aumento de 12 anos e 5 meses para 13 anos e 5 meses de prisão. E para Castro de 11 anos e 8 meses de prisão para 14 anos de reclusão. O voto do relator foi acompanhado pelo revisor, o desembargador Leandro Paulsen.
O julgamento, no entanto, foi adiado para esta terça-feira, 7, por o desembargador Victor Laus pediu vista.
Nesse processo, dois delatores do esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 também foram condenados, mas terão as penas ajustadas de acordo com as condições previstas nos termos de colaboração: o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa pegou cinco anos e cinco meses de reclusão, por corrupção, e o doleiro Alberto Youssef, por corrupção e lavagem de dinheiro, treze anos e oito meses.