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TRF solta acusado por fraude no ‘Museu do Lula’

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região mandou soltar o secretário de obras de São Bernardo do Campo, Alfredo Buso, preso na Operação Hefesta. A ação conjunta da Polícia Federal e da Procuradoria da República investiga sobre fraudes e desvio de R$ 7,9 milhões na licitação para construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, o Museu do Lula, em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista.

A decisão é do desembargador Nino Toldo e acolhe pedido dos advogados Pierpaolo Bottini, Igor Tamasauskas, Cláudia Vara San Juan e Tiago Sousa Rocha.

O magistrado determinou oito medidas cautelares a Alfredo Buso: fiança de 200 salários mínimos (R$ 176 mil), proibição de acesso à sede e quaisquer estabelecimentos da Prefeitura de São Bernardo do Campo e das empresas Construções e Incorporações CEI Ltda e Construtora Conacron, proibição de manter contato com outros investigados, proibição de ausentar-se do domicílio por mais de 7 dias, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, monitoração eletrônica com tornozeleira e proibição de ausentar-se do País com entrega de passaporte.

O Museu do Trabalhador, ou Museu do Lula, foi criado para homenagear o movimento sindical do ABC paulista, berço político do ex-presidente.

Hefesta, nome da missão integrada da PF e da Procuradoria, é uma alusão ao deus do trabalho, do fogo, dos artesãos, dos escultores e da metalurgia.

Quando a Operação Hefesta foi deflagrada, a prefeitura de São Bernardo do Campo informou, em nota, que é a maior interessada em que tudo seja esclarecido e está à disposição das autoridades competentes para fornecer as informações necessárias. “A Prefeitura tem certeza que nenhum desvio institucional foi cometido nesta obra.”

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