O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou na manhã desta terça-feira, 28, que a reforma tributária – um dos principais temas do governo na área econômica, após o novo arcabouço fiscal – está sendo elaborada tendo em vista simplificar o sistema brasileiro e fazer a economia voltar a crescer. Segundo o vice-presidente, a expectativa é que, com a reforma, em um período de 15 anos o PIB do País cresça em 10%.
"Nós temos um modelo tributário, primeiro, caótico. Vai tudo pra justiça, é tudo judicializado", criticou Alckmin, ironizando que a melhor profissão do País é a de advogado tributarista. "É um espetáculo, porque é uma complexidade tributária absurda", disse, defendendo a simplificação do sistema.
Segundo Alckmin, o modelo atual, que acumula crédito, dificulta a exportação, e arrecada de maneira injusta, tendo como base de arrecadação o consumo. "Tudo aqui é sobre consumo, nos Estados Unidos o imposto sobre consumo é 20%. Lá tributa consumo, renda e patrimônio, aqui é consumo, consumo e consumo", defendeu.
Participante da abertura da XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, evento organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), Alckmin defendeu que entre os objetivos da reforma é que municípios arrecadem mais, e que a economia cresça, defendendo um maior diálogo com os municípios.
O vice compareceu ao evento para representar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que está em repouso após um diagnóstico de pneumonia.