Estadão

Trio de veteranos deu peso e maturidade à seleção na Olimpíada, diz Jardine

O goleiro Santos e o zagueiro Diego Carlos não estariam inicialmente na lista de atletas acima de 24 anos convocados por André Jardine para a seleção brasileira olímpica. Eles foram chamados diante da sequência de jogadores vetados por seus clubes. No entanto, o treinador está muito contente com o desempenho dos dois, além de Daniel Alves, que completa o trio de veteranos. Segundo ele, os três foram determinantes para o Brasil chegar à final dos Jogos de Tóquio contra a Espanha.

"Os três jogadores acima da idade deram um peso à nossa equipe, um toque de experiência, de maturidade que nos faltava", destacou Jardine, em coletiva prévia à decisão olímpica. Brasil e Espanha se enfrentam no jogo que vale a medalha de ouro neste sábado, às 8h30 (de Brasília). Na terceira final seguida em Olimpíadas, o time brasileiro busca o bi olímpico.

"Falar do trio, de Santos, Daniel Alves e Diego Carlos é falar de experiência, falar de jogadores firmados nos seus clubes, talvez nos auges da carreira", completou o treinador, antes de enfatizar a importância do lateral do São Paulo e capitão da seleção olímpica em Tóquio.

"Vemos o Dani, mesmo com 38 anos, numa forma física impressionante. A maturidade que ele tem fala por si, decisões corretas, muito lúcido, realmente muito experiente. E um traço de liderança nos três, que ajudou muito, dá um norte, um rumo a seguir".

Embora Richarlison não esteja na lista dos veteranos porque ainda tem 24 anos – o limite de idade para disputar o futebol olímpico foi ampliado de 23 para 24 por conta do adiamento dos Jogos de Tóquio – o camisa 10 é tratado como um veterano pela sua experiência na seleção principal e no futebol inglês.

Para Jardine, o atacante "deu um peso ao ataque" e "é um jogador da seleção principal". "Mesmo ele sendo jovem, dá um nível de confiança e experiência muito grande, deixa nossa equipe mais potente na frente, com mais peso", salientou.

Também presente na coletiva, Claudinho falou sobre as memória positivas que o estádio de Yokohama, palco da final contra a Espanha, evoca. Foi lá que a seleção brasileira conquistou o pentacampeonato, com dois gols de Ronaldo na final sobre a Alemanha, vencida por 2 a 0.

"Foi aqui que o Ronaldo fez os dois gols, foram campeões. É um momento muito marcante para todos os atletas e para toda a comissão. Espero que o final seja feliz, assim como em 2002. Não lembro muito bem, não tenho muitas recordações, era muito pequeno, mas já procurei saber, sim, antes de estar aqui. Espero fazer o gol igual ao Ronaldo, nem que seja de dedão", falou o meio-campista, aos risos.

"É uma sensação indescritível. Estar aqui já é um sonho realizado. Nem nos meus melhores sonhos poderia imaginar que disputaria uma final olímpica. Claro que você vem para cá querendo defender o ouro, mas você nunca sabe como será o caminho. Foi muito prazeroso, espero que a final seja um espetáculo muito bonito de se ver, mas que também possamos sair daqui com o ouro", acrescentou o jogador do Red Bull Bragantino.

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