Uma nova ideia para tentar resolver a questão do Parque Augusta foi apresentada na tarde de quinta-feira, 26: a troca do terreno de 23,7 mil metros quadrados, das construtoras Cyrela e Setin, por um ou mais terrenos ociosos que pertencem à Prefeitura.
A proposta foi levantada em reunião no Ministério Público Estadual (MPE) entre promotores e representantes da atual gestão municipal. “Os secretários pediram 15 dias para avaliar com o prefeito. E devemos nos reunir novamente”, disse o promotor Silvio Marques, do Patrimônio Público e Social da Capital. Conforme a reportagem apurou, a ideia que mais agradou aos envolvidos no encontro foi encontrar um terreno que garanta a troca não só pelas terras – mas pelo Parque Augusta completamente pronto, com direito a equipamentos e benfeitorias, para ser utilizado pela população.
Além de Marques, participaram da reunião o promotor José Carlos Blat, o secretário municipal do Verde e do Meio, Gilberto Natalini, a secretária municipal de Desenvolvimento Urbano, Heloísa Proença, e o secretário municipal de Negócios Jurídicos, Anderson Pomini. “O prefeito Doria telefonou no início da reunião, desejando boa sorte a todos, mas não emitiu opinião”, contou Marques. Até o ano passado, como vereador do PV, Natalini participou de diversas mobilizações com ativistas da causa.
Caso seja viabilizada a criação do Parque Augusta por meio de permuta, os R$ 70 milhões conseguidos pelo Ministério Público por meio de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com bancos que movimentaram dinheiro que teria sido desviado pelo então prefeito Paulo Maluf, já reservados para a questão, poderão ser destinados à construção de creches.
Histórico. Em 2008, as construtoras Cyrela e Setin assinaram um compromisso de compra do imóvel, com intenção de erguer ali um conjunto de edifícios, de uso misto. De lá para cá, manifestações de ativistas em defesa do parque só aumentaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.